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| - É falso que vídeo mostre brasileiros sendo treinados pelas Farc
É falsa a informação compartilhada no Facebook na última quinta-feira (8) sobre um vídeo que supostamente mostra o treinamento de brasileiros pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em parceria com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e uma suposta organização chamada CPX.
O vídeo, na verdade, mostra os bastidores do clipe Bem Posturado, do funkeiro MC Vitinho. A publicação também mente ao afirmar que a sigla CPX é um "braço armado da esquerda brasileira". CPX é a abreviação de complexo, como são chamados os conjuntos de favelas.
A postagem tem a descrição: "ATENÇÃO EXÉRCITO!!! *CPX - Braço Armado da Esquerda Brasileira, em parceria com o PCC recebem armas e treinamentos das FARC. Traficantes espalhados no Rio, formam grupos com africanos, haitianos, colombianos e venezuelanos. STF sempre impediu que as Polícias entrassem nestas áreas dominadas por traficantes. Alerta Geral para o Exército.* TODOS NAS PORTAS DOS QUARTÉIS!!! Jair Messias Bolsonaro Exército Brasileiro".
Em um vídeo publicado no Instagram no mesmo dia em que a mentira foi compartilhada, a produtora Amassa Errejota, responsável pelo clipe, desmente a informação e confirma que se trata da gravação de um clipe.
Outras informações que desmentem o post:
- PCC recebe armas e treinamento das Farc? Falso. Em 2017, o governo colombiano e as Farc proclamaram o fim do conflito armado, que durou 52 anos. O grupo abandonou a luta armada e passou a atuar como o partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum.
- STF (Supremo Tribunal Federal) sempre impediu ações policiais em áreas dominadas por traficantes? Falso. Em 2020, a Corte restringiu operações policiais em comunidades - com a ADPF 635, que ficou conhecida como "ADPF das Favelas" - por causa da pandemia da covid-19.
Alcance. A publicação falsa compartilhada no Facebook na última quinta-feira (8) registra 4,3 mil visualizações, 156 reações e 31 comentários.
O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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