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  • Não existe indenização para quem nasceu entre 1960 e 2006; é golpe São falsos os posts no Facebook que afirmam que todos os brasileiros que nasceram entre 1960 e 2006 teriam direito a uma indenização por suposta "falha no sistema de certidão de nascimento". Não existe nenhuma evidência sobre esse pagamento. Além disso, as publicações usam vídeos com imagens manipuladas de pessoas e sites de notícias, e citam decreto que não existe. Os vídeos direcionam para links suspeitos que imitam o portal Gov.br, solicitam dados pessoais e cobram taxa. O que diz o post Os posts anunciam que um decreto de número "3.420" de 2025 determina que "todos os cidadãos brasileiros que nasceram nos anos de 1960 a 2006 possuem uma compensação do próprio estado". O motivo seria uma falha nos sistemas de certidão de nascimento. As publicações usam imagens manipuladas do UOL e do g1 como se os sites tivessem noticiado isso. Segundo os conteúdos enganosos, valor da indenização seria entre R$ 900 e R$ 7.000. Há, pelo menos, três versões do vídeo enganoso circulando no Facebook. Uma delas usa a imagem de um homem que é apresentado como advogado da cantora Ana Castela. A imagem da artista também é usada de forma manipulada. A segunda versão do vídeo usa a imagem de um homem que é apresentado apenas como um advogado. Não foi possível identificar quem é a pessoa no vídeo. A terceira usa um recorte de uma sessão do Tribunal Superior do Trabalho e a imagem de um ministro da Corte de forma manipulada. Por que é falso Vídeos são manipulados. É possível identificar que os vídeos são manipulados por Inteligência Artificial, porque as falas são mecanizadas e em diversos momentos fora de sincronia com as bocas das pessoas. Ao UOL Confere, a assessoria da cantora Ana Castela disse que o homem apresentado como advogado dela no vídeo enganoso não tem relação com a sua equipe. Um dos vídeos usa a imagem de uma sessão do Tribunal Superior do Trabalho. A narração anuncia: "vocês precisam ver o que esse juiz determinou". O vídeo usa a imagem do ministro do TST José Roberto Freire Pimenta de forma manipulada. Ao UOL Confere, a corte disse que o conteúdo não é verdadeiro. "Aquelas declarações nunca foram feitas pelo ministro", afirmou o tribunal. Arpen nega falha em sistema. Ao UOL Confere, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), instituição que representa Oficiais de Registro Civil no país, disse que a alegação de que houve uma "falha no sistema de certidão de nascimento" é falsa. "Não houve qualquer erro nos sistemas de registro de nascimento no Brasil, que sempre foram administrados com segurança e responsabilidade pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais", afirma a associação. Vídeos e publicações que circulam nas redes sociais, manipulados por inteligência artificial, estão sendo utilizados para desinformar a população. Não há qualquer base legal ou fato concreto que sustente essa alegação. Reforçamos a importância de buscar informações apenas em fontes confiáveis e oficiais. Arpen-Brasil Decreto não foi localizado. Não foi possível encontrar referência para um "Decreto n° 3.420" de 07/02/2025", como citam os posts. Um decreto presidencial com este número tem data de abril de 2000, e dispõe sobre a criação do Programa Nacional de Florestas (leia aqui). Sites não publicaram notícias falsas. Os vídeos usam a identidade visual do UOL e do g1 como se os portais tivessem publicado notícias sobre a suposta indenização, o que não é verdade. Em uma busca no Google pelas matérias mostradas nos vídeos enganosos não é possível localizar nenhuma delas. Posts direcionam para site suspeito. Um dos links direciona para um site que imita o portal Gov.br, do governo federal, e solicita dados pessoais como CPF, chave-Pix, confirmação de filiação e estado civil. Em seguida, um chatbot diz que para ter acesso ao valor da indenização é necessário pagar uma taxa de R$ 61,90 que seria um "imposto" ou "taxa transacional". Esse tipo de taxa não existe e caracteriza o golpe. Viralização. No Facebook, um dos posts enganosos registrava mais de 88 mil visualizações. Caí em um golpe. E agora? Registre o boletim de ocorrência imediatamente. A recomendação é do delegado Carlos Afonso Gonçalves, da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de SP. No estado de São Paulo, o registro pode ser feito de forma virtual pelo site da Delegacia Eletrônica (aqui). Faça uma reclamação contra a empresa no Procon. A orientação é da Secretaria Nacional do Consumidor. Veja quais são os canais e contatos para fazer a denúncia em cada estado do país aqui. Avise o banco. Entre em contato com o seu banco ou operadora do cartão de crédito para denunciar a fraude e tentar o estorno do valor. Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br. Siga também o canal do UOL Confere no WhatsApp. Lá você receberá diariamente as checagens feitas pela nossa equipe. Para começar a seguir, basta clicar aqui e ser redirecionado.
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