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  • A imagem apresenta apenas o título e a introdução de um artigo: “Estudo: O uso de máscaras em longo prazo pode contribuir para o cancro de pulmão em estágio avançado”. Na descrição surgem mais alegações: “Após invadir os pulmões, esses micróbios causam uma resposta inflamatória em proteínas conhecidas com citocina IL-17” e “a inalação de micróbios nocivos pode contribuir para o cancro de pulmão em estágio avançado em adultos”. Este título tem origem no site brasileiro “Contra Fatos!”, uma página que se identifica como “portal de notícias conservadoras” e que tem difundido informações falsas relacionadas com a Covid-19. Tanto a Reuters como a Maldita.es entretanto já refutaram o mais recente artigo sobre as máscaras e o cancro do pulmão. O estudo em causa foi publicado em formato de artigo na revista “Cancer Discovery”, em fevereiro de 2021, com o seguinte título: “Disbiose das vias aéreas inferiores afeta a progressão do cancro do pulmão”. Ou seja, o estudo é real, mas o problema é que não faz qualquer referência à utilização de máscaras e nem sequer era esse o propósito da investigação. Em declarações à Reuters, os investigadores James Tsay e Leopoldo N. Segal, professores assistentes do Departamento de Medicina da Universidade de Nova Iorque, explicaram que “atualmente não há evidência científica para essa interpretação errónea” do estudo, desenvolvido com pacientes entre 2013 e 2018. “Uma vez que o uso de máscara não era comum durante o período de estudo, é altamente improvável que seja um dos motivos que contribui para as descobertas”, sublinhou Tsay. Por seu lado, Segal explicou que “a principal fonte dessas bactérias para o pulmão é a boca e a própria orofaringe” e há diferentes hipóteses para aumentar os níveis de micróbios detetados nos pulmões. A plataforma de fact-checking brasileira “Aos Fatos” questionou Marcus Coltro, editor do site “Contra Fatos!”, sobre esta interpretação falsa do estudo. Na resposta, o editor alegou que o artigo apresenta uma “dedução lógica” e defendeu que o uso de máscaras provavelmente contribui para o desenvolvimento de bactérias que agravam o cancro do pulmão. “Não se pode fazer essas associações assim, têm de estar suportadas em evidências, suportadas em estudos que validem essa informação”, afirma Cátia Caneiras, representante da Comissão de Infeciologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, em declarações ao Polígrafo. A pneumologista esclarece que a investigação refere-se ao enriquecimento da flora da orofaringe que “pode estar, nesse estudo, associado a um pior prognóstico ou uma progressão do tumor em pessoas com cancro do pulmão. Mas realmente nada neste momento evidencia que exista relação com a utilização das máscaras“. Por seu lado, Tiago Alfaro, pneumologista e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), sublinha que não conhece “nenhum estudo que tenha relacionado a utilização de máscaras na comunidade com a incidência ou o risco de cancro do pulmão“. Sobre a existência de bactérias nas máscaras, o pneumologista afirma também desconhecer quaisquer estudos que o comprovem. “A verdade é que nos doentes com alto risco de infeção – doentes imunodeprimidos -, nós utilizamos a máscara para prevenir que apanhem outro tipo de bactérias“, realça. Mesmo sem evidências de que as máscaras aumentem as bactérias no sistema respiratório, “dizem as regras do bom senso que as máscaras devem ser lavadas se forem reutilizáveis, ou bem guardadas quando são retiradas para não ficarem contaminadas com nada”, recomenda Alfaro. Segundo as indicações das Direção-Geral da Saúde (DGS), as máscaras devem ser substituídas ao fim de cada quatro horas de uso continuado. “A recomendação de tirar a máscara ao fim de umas horas não é porque a máscara permite o crescimento de bactérias, é porque a máscara fica húmida com a nossa respiração e deixa de ter a capacidade filtrante“, esclarece o pneumologista. “Não há risco de apanhar outras infeções pelas máscaras”. ___________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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