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  • “Estão aqui as ‘exigências‘. E só se iam embora se todas fossem atendidas”, destaca-se no tweet de 15 de novembro que mostra a imagem de uma lista de supostas reivindicações dos estudantes que ocuparam a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) em protesto contra a utilização de combustíveis fósseis, por causa das emissões de dióxido de carbono que contribuem para o fenómeno de alterações climáticas. A partilha da lista surgiu na sequência de um tweet em que se partilhava a notícia, do mesmo dia, que dava conta da decisão do diretor da FLUL, Miguel Tamen, de chamar a polícia para, nas suas palavras, “proteger a autonomia” da instituição de ensino. Isto enquanto um grupo de estudantes ocupava as instalações no referido protesto. Em vez das alterações climáticas, porém, as “exigências” centram-se em questões de identidade de género, assédio sexual ou cargos nos órgãos de decisão, transmitidas em linguagem inclusiva (“alunes”, “pessoas estudantes”, “conhecides”, etc.). A lista apresentada na imagem é autêntica? Questionada pelo Polígrafo, fonte oficial do movimento “Greve Climática Estudantil Lisboa” garante que as únicas duas reivindicações nacionais do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!” em Portugal consistem no término da utilização de combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva. A mesma fonte indica que a lista de “exigências” difundida no tweet em causa pertence apenas ao núcleo estudantil da FLUL. “Os núcleos de ocupantes têm autonomia total para definir reivindicações locais, se não contradisserem as reivindicações nacionais”, sublinha. O movimento admite que as reivindicações locais “têm menor destaque político do que as reivindicações nacionais”, mas afirma que todas fazem parte do movimento, “por representarem a vontade legítima dos estudantes dos núcleos”. “Em declarações passadas definimos que iríamos desmobilizar apenas se as nossas reivindicações fossem cumpridas, ou nos retirassem. Como as nossas reivindicações não foram cumpridas, vamos voltar na Primavera“, assegura. Se isto engloba as reivindicações locais, “só o núcleo da FLUL poderá dizer. Com grande certeza que o cumprimento das reivindicações nacionais marcaria um sucesso definitivo para as ocupas. E o cumprimento das reivindicações locais nunca seriam suficientes para desmobilizar“. Ao Polígrafo, Ana Carvalho, porta-voz do núcleo estudantil da FLUL que integra o movimento de ocupação “Fim ao Fóssil”, explica que “a reivindicação internacional é o fim ao consumo dos combustíveis fósseis, depois cada país adaptou à sua realidade. Em Portugal ficámos com as tais duas reivindicações principais”. Em reação à publicação em análise, a estudante garante que “falta contextualização“. “Na FLUL, em concreto, muitas das nossas reivindicações próprias vêm desse foro social, talvez por sermos a faculdade das humanidades. Uma das mensagens do nosso foco principal é a de que a faculdade neste momento não está a ser um espaço convidativo para os alunos em geral. E é nesse contexto que as reivindicações se inserem”, garante, notando que no post está em falta “a outra página do folheto em que toda a contextualização e as medidas globais são referidas”. O folheto completo encontra-se disponível na página deste núcleo estudantil no Instagram. [instagram url=”https://www.instagram.com/p/CkZHkZ9rHUL/”/] Questionada sobre se esta lista constituía uma condição para a desocupação, a ativista esclarece que “o objetivo é sempre o de que as reivindicações sejam ouvidas e de alguma forma haja uma resposta para elas”. Nessa medida, “sim. São reivindicações que precisavam de ser respondidas, senão também não as teríamos listado”. “Se olharmos para as outras faculdades ou escolas, todos eles tinham os seus objetivos específicos. Por exemplo, no Liceu Camões tinham o objetivo de acabar com os exames nacionais que tem tudo a ver com eles e que para nós não faria sentido nenhum”, exemplifica. Para Ana Carvalho, publicações como esta são uma “tentativa de descredibilização do movimento, que acontece em qualquer movimento político”. Refere que “a ligação [das reivindicações] pode não parecer tão direta, porque tende a olhar-se para as coisas de uma perspetiva individualizada e não de uma forma interseccional” e que “a justiça climática implica necessariamente justiça social“. Em suma, a lista de “exigências” difundida no Twitter é verdadeira e pertence ao núcleo estudantil da FLUL que integra o movimento de ocupação “Fim ao Fóssil”, que nas últimas duas semanas tem protestado pacificamente contra a utilização de combustíveis fósseis. No entanto, as reivindicações apresentadas são específicas desta faculdade e não extinguem os principais objetivos do protesto em Portugal – acabar com os combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da Economia e do Mar. __________________________ Avaliação do Polígrafo:
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