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  • O que estão compartilhando: postagens sugerem que a mídia tentou diminuir a gravidade do atentado a tiros contra o ex-presidente Donald Trump, nos Estados Unidos. Os conteúdos citam como exemplo as notícias “Trump cai durante comício na Pensilvânia com sangue no rosto”, do jornal O Globo, e “Trump é retirado de comício após supostos sons de tiros”, do portal de notícias G1. As publicações nas redes sociais afirmam que mesmo com “filmagens, testemunhas e vítimas” o ataque é tratado como “suposto” pela imprensa. O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso porque as notícias citadas foram publicadas minutos após o ataque que atingiu Trump de raspão na orelha durante um comício. Os títulos iniciais refletiam a incerteza que existia naquele primeiro momento sobre o que realmente havia acontecido. Pouco tempo depois, as manchetes foram atualizadas com a confirmação de que houve um atentado a tiros. Essas atualizações não são mostradas pelas postagens enganosas analisadas aqui. Como mostra a reportagem do Estadão, os tiros contra o ex-presidente foram disparados às 18h13, no horário local, 19h13 no Brasil. Saiba mais: Vídeos nas redes sociais sugerem que o Grupo Globo e veículos da imprensa não noticiaram a “verdade” sobre o atentado contra Trump, ocorrido na Pensilvânia, neste sábado, 13. São citadas notícias publicadas menos de quinze minutos após o ocorrido. Os textos iniciais continham informações preliminares dos repórteres que estavam no comício e trechos da transmissão do evento. Os jornais brasileiros noticiaram o ataque em horários semelhantes à imprensa norte-americana e atualizaram as reportagens no mesmo dia. A tentativa de assassinato contra o ex-presidente ocorreu por volta das 18h13, cerca de dez minutos após Trump subir ao palco do comício. Um homem disparou tiros de um telhado próximo e atingiu o candidato republicano de raspão na orelha, matou um espectador e deixou outros dois gravemente feridos. O atirador, identificado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto pelo Serviço Secreto. Poucos minutos depois do ocorrido, a imprensa internacional publicou informações sobre o atentado. A reportagem do jornal O Globo com a manchete ”Trump cai durante comício na Pensilvânia com sangue no rosto” foi publicada apenas três minutos após o ex-presidente ser atingido. A notícia do G1 “Trump é retirado de comício após supostos sons de tiros” foi veiculada quinze minutos depois do disparo do tiro. Ambas as reportagens tiveram os títulos e textos atualizados com mais informações pouco tempo depois, como mostra a ferramenta WayBack Machine, que permite acessar o histórico de sites. A manchete do Globo foi alterada para “Com sangue no rosto, Trump é retirado às pressas do palco durante comício na Pensilvânia após disparos”; a do G1, para “Donald Trump sofre atentado em comício, na Pensilvânia”. O vídeo do comício mostra que após o ataque, Trump tinha manchas de sangue na orelha e foi retirado às pressas do palco. “Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita”, disse Trump depois do ataque, em sua rede social. “Percebi imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo”, relatou. No mesmo dia, às 21h45, o Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos (FBI) informou que havia aberto uma investigação para apurar as circunstâncias do ataque. O serviço de inteligência acredita que o atirador agiu sozinho e não apontou, até o momento, ameaças ou mensagens com discurso de ódio contra Trump. Crooks era registrado como eleitor republicano, mas também fez uma doação ao partido Democrata. Como lidar com posts do tipo: Após o ataque contra Trump, passaram a circular nas redes sociais peças com desinformação sobre o ocorrido. Antes de acreditar, pesquise por notícias confiáveis na imprensa. O Estadão Verifica já checou que FBI não acusou deputado do partido de Biden de ter contratado atirador para matar Trump e que não há evidência que atirador de Trump seja ‘Antifa’,
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