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  • “Vários criadores de touros de lide afirmam publicamente que o negócio das touradas não é rentável e que se dedicam a ele apenas por paixão. Então, como se consegue manter este negócio? A resposta é simples: através de fundos públicos, nomeadamente os fundos da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia”, começa por denunciar o post da página oficial da candidatura do PAN às eleições autárquicas de 2017. Os milhões de euros da PAC, que a candidatura considera que “deviam ser destinados ao apoio à produção de alimentos”, são antes “desviados para a criação de touros de lide e cavalos de toureio com o objetivo de os torturar nas arenas. Os criadores de touros de lide recebem vários subsídios como ‘prémios de vacas aleitantes’, ‘prémio de raças autóctones’, ‘prémio de abate’ e até um subsídio pela comercialização dos animais como ‘Origem Protegida’ (OP). Além de tudo isto, ainda beneficiam de financiamentos no âmbito de Programas de Conservação e Melhoramento Genético da raça brava ou de lide, e cavalos de toureio”. As estimativas, destaca a publicação, “indicam que, em Portugal, as touradas recebem anualmente cerca de 16 milhões de euros de fundos públicos, grande parte com origem nas Câmaras Municipais e nos fundos da União Europeia para a criação de animais e a cultura. Apesar de todas as tentativas para eliminar esta injustiça, todos os anos cerca de 200 milhões de euros da PAC são desviados para a criação de touros em Espanha, Portugal e sul de França”. “Sem o dinheiro dos contribuintes, as touradas já tinham deixado de existir há muito tempo em Portugal”, conclui. Mas serão estas estimativas autênticas? E os valores estão corretos? Ora, a organização anti-touradas “Animal”, que em 2019 levou à Assembleia da República um documento de suporte a uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos subscrita por 22 mil pessoas, a defender “o fim dos subsídios públicos à tauromaquia“, estimou que fossem gastos em Portugal, por ano, 16 milhões de euros no fomento da tauromaquia, entre subsídios e outros apoios públicos. À data, a Federação de Tauromaquia veio contrariar os dados, alegando que eram “falsos” e que se tratava de uma “clara campanha de desinformação da opinião pública contra a tauromaquia“, a qual visou apenas “impedir o Estado de cumprir as suas obrigações constitucionais de promoção e acesso dos cidadãos à cultura”. De acordo com o PAN, que também apresenta dados relativos à tauromaquia no respetivo portal, “grande parte destas verbas vêm das Câmaras Municipais e a restante dos apoios da União Europeia e do Orçamento do Estado”. “Os fundos comunitários contribuem involuntariamente para o pagamento de ajudas, prémios e subsídios. Acresce a compra e oferta pública de bilhetes para touradas, organização de espetáculos tauromáquicos, patrocínio de livros que visam a propaganda tauromáquica, publicidade, aluguer de touros, reabilitação e manutenção de praças de touros, seguros dos artistas, subsídios para associações tauromáquicas”, lê-se no portal do PAN. Mas o que nos dizem os dados concretos? Segundo um artigo do jornal “Público” de 15 de setembro de 2018, só as autarquias gastaram mais de um milhão de euros em touradas em cinco anos, sendo que “os gastos municipais dizem respeito a aspectos como aquisição de bilhetes, aluguer de animais ou requalificação e manutenção de praças de touros”. No mesmo artigo ressalva-se que “estes números andarão, no entanto, longe daquilo que é realmente gasto na atividade tauromáquica pelas autarquias”, apontando para as estimativas da plataforma anti-touradas “Basta”, que indicam um total de 16 milhões por ano, podendo até ser mais, segundo Sérgio Caetano em declarações ao jornal. “O apoio das autarquias traduz-se na compra de bilhetes, publicidade, oferta de prémios, aluguer de touros, manutenção e reabilitação das praças de touros, organização de touradas e festejos taurinos populares, subsídios a tertúlias, clubes taurinos grupos de forcados e a escolas de toureio bem como na organização de palestras e colóquios relacionados com as touradas”, especifica-se nas principais conclusões do estudo disponibilizado pela plataforma “Basta”. Mas os investimentos na tauromaquia não têm origem apenas em Portugal. Também a União Europeia “contribui com o pagamento de ajudas, prémios, subsídios e financiamentos comunitários que abrangem principalmente a criação de bovinos de lide (destinados às touradas) e a construção ou reabilitação de praças de touros”. Ainda que as estimativas indiquem que os números do PAN estão corretos, não podemos deixar de notar que se tratam de estatísticas não oficiais que foram, de resto, contrariadas pela Federação da Tauromaquia. São dados não confirmados e que carecem de uma avaliação mais fidedigna. ___________________________________ Nota editorial: Artigo alterado às 17h48 de dia 28 de abril com nova informação sobre origem das estatísticas do PAN. A avaliação teve uma alteração, tendo passado de “Verdadeiro” para “Verdadeiro, mas… __________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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