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| - “Coincidência ou corrupção? Este ‘artista escultor’ é filho ou amigo de que político? Estas ‘obras de arte’ são de ouro, só pode! A de Matosinhos em sete dias já tinha ferrugem. Paguem mais esta conta“, destaca-se na mensagem da publicação em causa.
A publicação remete para exemplos de esculturas de Pedro Cabrita Reis adquiridas pelas câmaras municipais de Vila Nova de Barquinha e de Oeiras. É verdade que são todas “câmaras municipais socialistas”?
No que respeita a Vila Nova de Barquinha, no distrito de Santarém, confirma-se que o respetivo presidente Fernando Freire é do PS.
A referida escultura de Cabrita Reis adquirida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Barquinha foi instalada no Parque de Escultura Contemporânea Almourol, em meados de 2012.
Nessa altura, Freire era vereador no Executivo Municipal, liderado pelo então presidente Vítor Pombeiro, do PS.
Relativamente a Oeiras, porém, não se trata de uma câmara municipal liderada pelo PS, ao contrário do que indica a publicação em análise.
Em abril de 2010, a Câmara Municipal de Oeiras celebrou um contrato por ajuste direto com Cabrita Reis, visando a “aquisição dos serviços de concepção e execução da intervenção plástica comemorativa do 250º aniversário do Município de Oeiras e da escultura de homenagem ao escritor António Feliciano Castilho”.
Nessa altura, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras era Isaltino Morais, eleito através de um movimento independente, depois de se ter desfiliado do PSD em 2005.
Ou seja, não se trata de uma “câmara municipal socialista”: nem em 2010, quando o contrato foi firmado; nem atualmente, com Isaltino Morais novamente na presidência da autarquia após um interregno de quatro anos. A publicação em causa está assim a difundir uma falsidade.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
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Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos;
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