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| - O protagonista da polémica é Henrique Souza Filho, figura conhecida por muitos brasileiros por dar a cara em diversos diretos nas televisões do Brasil. Na última semana foram reunidas num vídeo algumas das entrevistas nas quais Henrique aparece, sugerindo-se que este estaria a ser pago pela Globo para falar.
[facebook url=”https://www.facebook.com/watch/?v=816288508794054″/]
No texto disseminado pode ler-se que “a Rede Globo está contratando pessoas para aparecer em suas reportagens como entrevistados. O Henrique já conseguiu uma das vagas e tem sido bastante entrevistado nos últimos dias. Salário de r$ 2.500 + ticket refeição + vale transporte. Interessados devem comparecer à Central Globo de Jornalismo, no Jardim Botânico, RJ”.
Mas será verdade? Verificação de factos.
O salário de 2,500 reais é muito próximo daquele que um profissional de televisão pode ganhar nas cidades brasileiras mais pequenas, segundo sublinha a plataforma de fact-checking brasileira, Boatos.org. Tomando como exemplo a cidade de Cuiábá, no estado de Mato Grosso, Brasil, um jornalista tem como salário base 2,513 reais, montante idêntico àquele que é apontado na publicação sob análise. Não faria sentido pagar-se esse valor a uma pessoa sem formação na área para ser entrevistada em diretos de forma esporádica.
Além disso, no vídeo em questão, podemos ver que Henrique está a ser entrevistado não só pela Rede Globo, mas também por outras emissoras brasileiras: a Record e a SBT. O argumento de que Henrique estaria a ser contratado pela Globo para dar entrevistas perde todo o sentido, já que ele não se inibe de falar para outras redes televisivas.
Por último, e como sublinha o Boatos.org, não é difícil encontrar pessoas disponíveis para falar em direto para as televisões. No fundo, o indivíduo brasileiro é um “caça-entrevistas“. Acaba por estar sempre no lugar certo à hora certa.
O artigo sob análise está, portanto, a difundir uma falsidade.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos;
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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