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| - Foram apenas 24 horas de visita à Guiné-Bissau, mas tempo suficiente para que rapidamente começassem a circular nas redes sociais imagens com insinuações de que o Presidente da República não teria cumprido as regras de distanciamento social nem sequer de utilização de máscara.
Uma das publicações partilhada centenas de vezes ironiza com a letra da música ‘Bailando’, como se Marcelo Rebelo de Sousa tivesse dançando “na Guiné-Bissau” onde “não existe o bicho”. Não é novidade que Marcelo Rebelo de Sousa não se furta a um passinho de dança, mas neste caso não há qualquer fundo de verdade no que a publicação insinua. Não há registo de qualquer momento sequer em que o Presidente da República tenha estado sem máscara durante a visita oficial à Guiné-Bissau. Então de onde é a imagem?
A imagem utilizada para ilustrar a publicação, que é um recorte de uma fotografia original, tem mais de quatro anos. Foi capturada em abril de 2017, quando Marcelo Rebelo de Sousa esteve na abertura da Atlantic Music Expo (AME) 2017 e as imagens foram divulgadas pela “Muzika TV”, estando ainda disponíveis no Facebook onde é possível ver o exato momento em que Marcelo é convidado para dançar funaná e aceita.
Seria fácil perceber que a fotografia não é atual, basta olhar para as pessoas em fundo, onde não há uma única a utilizar máscara para desconfiar da atualidade da mesma. Durante a visita deste mês à Guiné-Bissau, Marcelo foi recebido por uma multidão, ao longo de várias horas, mas as máscaras estavam presentes (ainda que nem sempre ou não totalmente colocadas), como é possível ver, a título de exemplo, nas imagens abaixo.
Conclusão
É falso. Marcelo Rebelo de Sousa não dançou sem máscara durante a visita oficial à Guiné-Bissau. O Presidente da República tem historial de dança em algumas das visitas de Estado, quebrando algumas vezes o protocolo, mas este não foi um desses casos. A imagem remonta a abril de 2017 e não foi registada sequer na Guiné-Bissau, país que Marcelo ainda não tinha sequer visitado enquanto Presidente da República.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook
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