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  • Um vídeo em que um teste rápido de antígeno é aplicado em um limão e dá resultado positivo para Covid-19 circula nas redes sociais (veja aqui) como se fosse prova de que os exames são ineficazes, mas isso não é verdade. Os testes foram desenvolvidos para reagir corretamente apenas em contato com a mucosa do nariz humano e geram falsos diagnósticos da doença se usados em outras superfícies ou substâncias. O vídeo com a alegação enganosa reunia ao menos centenas de compartilhamentos no Facebook nesta quarta-feira (2) e também tem circulado no WhatsApp (fale com a Fátima). O Limão está com COVIDÃO. Não é verdade que os testes para detecção da Covid-19 são ineficazes ou manipuláveis porque, em experimento mostrado em vídeo nas redes sociais, uma mulher obteve diagnóstico positivo ao aplicar um exame rápido de antígeno em um limão. Os reagentes utilizados pelo teste foram preparados para detectar a infecção pelo novo coronavírus apenas na mucosa do nariz humano, e o seu contato com outras substâncias gera resultados aleatórios. Ao modificar o material testado, qualquer resultado pode aparecer e não será válido, de acordo com Gildo Girotto, professor e pesquisador do Instituto de Química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “É como se usássemos uma fita métrica para medir o volume do som, ou um termômetro para medir a pressão do ambiente. Teríamos uma medida, mas que não faz sentido”, explicou Girotto. Em checagens anteriores (aqui e aqui), o pesquisador disse que, para testar alimentos, seria necessário construir um exame específico para características do produto, como pH, temperatura, composição, de modo que elas não interferissem no resultado. Autotestes. O teste que aparece no vídeo é o de antígeno, com resultado mais rápido, porém menos preciso do que o RT-PCR, considerado o padrão-ouro em eficácia. No Brasil, o teste de antígeno é usado em farmácias e nas redes pública e privada de Saúde. No último dia 28 de janeiro, a Anvisa regulamentou a venda dos testes de antígeno diretamente ao consumidor, por farmácias e estabelecimentos de saúde licenciados. A agência ressaltou, entretanto, que o autoteste não define diagnósticos, que devem ser confirmados por profissionais de saúde. Segundo a Anvisa, o autoteste deve ser usado como triagem para permitir o isolamento precoce e romper a cadeia de transmissão do Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19. Além disso, o modelo é diferente dos testes rápidos usados em farmácias ou hospitais, que devem ser aplicados por profissionais habilitados. Aos Fatos integra o Third-Party Fact-Checking Partners, o programa de verificação de fatos da Meta. Veja aqui como funciona a parceria. De acordo com nossos esforços para alcançar mais pessoas com informação verificada, Aos Fatos libera esta reportagem para livre republicação com atribuição de crédito e link para este site.
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