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  • O resultado do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) nas eleições legislativas de 2022 está a gerar ondas de choque no interior de um partido que estava sempre a crescer desde as suas primeiras legislativas em 2011 (57.849 votos, 1,04%, zero mandatos), até ao ponto máximo em 2019 (174.511 votos, 3,32%, quatro mandatos), mas agora sofreu uma queda abrupta (82.250 votos, 1,53%, um mandato) que por pouco não redundou numa exclusão total da Assembleia da República a par do PEV e do CDS-PP. A colagem ao PS no âmbito do Orçamento do Estado para 2022 e a responsabilização do BE e do PCP pela crise política não terão beneficiado a causa do partido liderado por Inês Sousa Real. Tal como a saída do anterior líder, André Silva, há menos de um ano. Por esses ou outros eventuais motivos, o PAN caiu de 174.511 votos (3,32% do total) e quatro mandatos em 2019 para Num momento em que a liderança de Sousa Real está a ser contestada, as redes sociais têm sido palco de farpas lançadas em várias direções, neste caso do ex-líder André Silva que, há menos de um ano, terá garantido que “em rigorosamente cenário nenhum” voltaria à política, mas agora estará “disponível para ajudar” o partido. É o que se destaca a partir de dois títulos de notícias exibidos no post de 4 de fevereiro, com o seguinte comentário no topo: “Tal como previsto. Mas o D. Sebastião do Tofu que tinha sido convidado a se retirar, agora quer voltar. Comédia mesmo.” Por ordem cronológica, a 3 de junho de 2021, a Agência Lusa noticiou que “André Silva deixa liderança do PAN e em ‘rigorosamente cenário nenhum‘ volta à política. O porta-voz cessante do PAN não vê ‘rigorosamente cenário nenhum’ que o fizesse regressar à política, apesar de ter aprendido a ‘nunca dizer nunca‘”. As citações foram recolhidas a partir de uma entrevista de André Silva à mesma Agência Lusa, na qual sublinhou que “não há qualquer motivo para regressar porque, como referi, houve um período de afirmação e de consolidação do partido, que tem vindo a acumular sucessos e crescimento ao longo de todos estes anos” e, na sua perspetiva de então, “tem todas as condições e todo o tempo” para “prosseguir aquilo que é o seu caminho” e o seu “percurso de crescimento“. Relativamente a Sousa Real, a única candidata a porta-voz no VIII Congresso do PAN que estava prestes a realizar-se (e que viria a resultar na eleição da atual líder), André Silva classificou-a como “uma pessoa trabalhadora, empenhada, comprometida com os valores do partido“, e assinalou que a líder parlamentar integra a direção do partido “há muitos anos”, pelo que representa uma “continuidade natural“. Salto temporal até ao segundo título de notícia, datada de 4 de fevereiro de 2022, que tem origem na rádio Observador e apresenta o seguinte título: “André Silva critica direção do PAN e mostra-se ‘disponível para ajudar‘ o partido”. Em causa está um artigo de opinião do próprio André Silva, publicado no mesmo dia, no jornal “Público”, com um título – “Quem não sabe dançar diz que a sala está torta” – que serve de mote a uma rajada de críticas à liderança de Sousa Real pelo ex-deputado e praticante de biodança (sistema de auto-ajuda que tem uma vertente de medicina alternativa ou pseudociência). “Os resultados eleitorais de domingo são muito fáceis de explicar e pouco ou nada se justificam com as causas externas que têm sido apontadas para justificar a catástrofe do dia 30. Apregoar que os resultados são fruto dos ataques de alguns sectores que o PAN belisca, dos efeitos do voto útil, ou, pasme-se, do sistema eleitoral que prejudica os pequenos partidos é um insulto à inteligência, pois, como dizia o meu avô agricultor, a boa fazenda nunca fica por vender“, escreveu André Silva. “A mensagem política dos últimos meses não é um problema menor. Com as devidas excepções, o PAN deixou de marcar a agenda política nas áreas que fazem parte da sua matriz e noutras que veio a abraçar por imperativo do necessário reforço da democracia. O PAN de hoje envelheceu umas valentes décadas“, lamentou o ex-líder. “Parecem longínquos os tempos do partido polémico, irreverente, não alinhado com os incumbentes, combativo e sem medo de fazer escolhas e de defender propostas incomodativas. Deixou de cumprir a sua missão de partido farol, perdeu a chama e a clareza na mensagem política, em suma, deixou de dar esperança. Como se tem visto, o auto-epíteto de partido responsável não traz progresso político nem tão pouco colhe votos“. “Os resultados não enganam e perante eles só se admite uma postura adulta de assunção de responsabilidades sem teorias da perseguição, da cabala e, muito menos, culpabilizando o sistema eleitoral. Quem não sabe dançar diz que a sala está torta”, escreveu André Silva, no jornal “Público”. Posto isto, concluiu: “Os resultados não enganam e perante eles só se admite uma postura adulta de assunção de responsabilidades sem teorias da perseguição, da cabala e, muito menos, culpabilizando o sistema eleitoral. Quem não sabe dançar diz que a sala está torta. Não posso terminar sem clarificar que desde o momento em que saí do cargo de porta-voz do PAN não me passou pela cabeça regressar, não tendo como ambição ocupar um lugar que já detive. Contudo, saliento que estou disponível, como sempre estive, para ajudar o meu partido a reposicionar-se e a reconquistar a credibilidade e a voz política que já teve, caso os filiados decidam por outra liderança“. Em conclusão, mesmo ressalvando que não tem a ambição de “ocupar um lugar” que já deteve, a liderança do PAN, o facto é que André Silva tinha dito há menos de um ano que em “rigorosamente cenário nenhum” voltaria à política, mas agora diz estar “disponível” para ajudar o partido, mas sob a condição de ser eleita “outra liderança”. “André Silva esqueceu-se de fazer auto-crítica em relação àquilo que também foi o estado em que deixou a sala”, respondeu Inês Sousa Real, em declarações à rádio Observador. Mas não ficou sem resposta da parte de Sousa Real, no mesmo dia, em declarações à rádio Observador. “André Silva esqueceu-se de fazer auto-crítica em relação àquilo que também foi o estado em que deixou a sala“, vincou a atual líder e deputada única do PAN. “Acho profundamente lamentável que ele tenha optado por seguir este caminho, que não nos eleva enquanto partido”. “São declarações que notam um semáforo avariado“, criticou, dizendo que não se revê “nesta forma costumeira e até oportunista” de fazer política. ___________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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