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| - Uma foto em que o ex-presidente de Cuba Raúl Castro aparece ao desembarcar de um avião circula nas redes sociais (veja aqui) como se fosse uma prova de que ele fugiu para a Venezuela após a eclosão de protestos de oposição na ilha caribenha, o que não é verdade. O registro foi feito em janeiro de 2015, quando Castro foi à Costa Rica.
Postagens com a foto fora de contexto reuniam ao menos 1.200 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta quarta-feira (14) e foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona).
Não é verdade que a foto mostra o ex-presidente cubano Raúl Castro desembarcando na Venezuela para fugir de protestos contra o regime comunista da ilha caribenha, como apontam as postagens checadas. A imagem foi registrada em janeiro de 2015, quando Castro chegou à Costa Rica para participar de eventos políticos.
O líder cubano foi ao país para participar da II Celac (3ª Cúpula dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A foto que agora circula fora de contexto foi feita no dia 27 de janeiro de 2015 e publicada no Twitter oficial do evento.
Não há indicação da autoria, mas elas são semelhantes às publicadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba na mesma data (aqui e aqui). A viagem também foi noticiada por veículos latinoamericanos como TeleSUR, Cuba Debate e Ahora Notícias.
Aos Fatos não encontrou registros de que Raúl Castro tenha deixado o país nos últimos dias. O ex-presidente participou de uma reunião política do PCC (Partido Comunista Cubano) após as manifestações, de acordo com a imprensa oficial. No dia 16 de abril, ele deixou o cargo de secretário-geral, o mais alto do partido, e anunciou aposentadoria.
No domingo (11), manifestantes saíram às ruas de Cuba para protestar contra o governo do presidente Miguel Díaz-Canel e a crise econômica no país socialista. Desde então, passaram a circular nas redes peças de desinformação sobre o caso. Aos Fatos desmentiu, por exemplo, que um vídeo da festa de comemoração argentina pelo título da Copa América seria um registro das manifestações cubanas.
Peças de desinformação semelhantes circularam em língua espanhola e foram checadas pelas equipes da AP e Maldita.
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