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| - Não é verdade que o deputado federal José Guimarães (PT-CE) preside comissão na Câmara "que vai combater a corrupção", como afirma um meme que já tem dezenas de milhares de compartilhamentos no Facebook. Hoje, o petista é membro titular apenas da CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), mas não ocupa a presidência.
A publicação ainda distorce fatos ao dizer que o deputado foi flagrado com dólares na cueca e em uma mala, em referência ao episódio protagonizado por um de seus assessores no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2005. Em 2012, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que o parlamentar não tinha responsabilidade no caso.
A peça de desinformação foi publicada por diversos perfis pessoais no Facebook e já acumulava, até a tarde desta sexta-feira (5), mais de 60 mil compartilhamentos. Os posts foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).
Ele [deputado José Guimarães (PT-CE)] escondeu dólares na cueca e virou presidente da comissão que vai combater a corrupção.
O deputado federal José Guimarães (PT-CE) não preside nenhuma comissão — permanente, temporária ou mista — em funcionamento hoje no Congresso Nacional, de acordo com informações da Câmara dos Deputados. Em seu quarto mandato, o petista é atualmente vice-líder do partido na Casa e membro titular da CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania).
Tampouco é verdade que Guimarães foi flagrado com dólares escondidos na cueca e em uma mala, como sustenta o meme, que traz inclusive uma montagem do deputado nessa situação. O caso foi protagonizado por um assessor do parlamentar, José Adalberto Vieira da Silva, que, em julho de 2005, foi preso pela PF (Polícia Federal) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com uma mala com R$ 209 mil e mais US$ 100 mil escondidos na cueca quando embarcava para Fortaleza. O episódio levou ao afastamento do então deputado José Genoino (PT-SP), irmão de Guimarães, da liderança do PT na Câmara.
José Guimarães só se livrou da acusação de envolvimento no caso sete anos depois, com uma decisão unânime da Primeira Turma do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) em junho de 2012. De acordo com o relator do recurso movido pelo deputado, ministro Benedito Gonçalves, “relação de amizade e companheirismo político e partidário, não são o bastante para sustentar a instauração de uma ação de improbidade em relação ao recorrente”.
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