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| - Governo não colocará figuras da família imperial nas notas de real
Uma mensagem que circula pelas redes sociais afirma que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) "pretende alterar" as cédulas do real para incluir figuras da antiga família real brasileira.
"O presidente Jair Bolsonaro propõe a ideia de mudar as cédulas, com isso as cédulas de corrupção não irão ter mais valor algum. Dinheiro escondidos [sic] em apartamentos, chácaras, cofres terão que aparecer", diz uma corrente que circula pelo Facebook. "Os políticos estão loucos. Ideia de um grande estrategista."
FALSO: Governo não colocará figuras da família real nas cédulas
Junto ao texto, há três supostas novas cédulas, com representação da antiga família real brasileira no lugar da efígie usada desde o lançamento do real, em 1994. A cédula de R$ 20 levaria a imperatriz Maria Leopoldina; a de R$ 50, o imperador Dom Pedro 1º; e a de R$ 100, Dom Pedro 2º, último imperador do Brasil.
O UOL também encontrou correntes mais antigas que falavam não da alteração das figuras, mas de mudança das cores nas cédulas.
A informação é falsa. O governo estuda fazer trocas em notas específicas, mas a mudança nada tem a ver com a monarquia.
Ao UOL, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) do governo Bolsonaro denominou a corrente como "fake news", mas não quis comentar as possíveis mudanças nas notas.
O Ministério da Economia, o Banco Central e a Casa da Moeda afirmaram não ter conhecimento de mudança alguma.
Bolsonaro falou em alteração de notas
Embora as cédulas de real não ganhem os rostos da antiga família imperial brasileira, algumas delas poderão sofrer alterações.
Em entrevista ao Programa do Ratinho, no SBT, no dia 6 de junho, o presidente Bolsonaro afirmou que o governo estuda a possibilidade de alterar as notas de R$ 50 e R$ 100.
"Chegou ao nosso conhecimento mudar as notas de R$ 100 e de R$ 50 num prazo de um ano", disse Bolsonaro quando questionado se existia a possibilidade de mudar essas e as demais cédulas em circulação. "Existe essa possibilidade, mas está faltando sinal verde da Economia para ver se é viável ou não essa proposta."
O presidente, no entanto, não informou qual seria o motivo para a troca das notas nem como essa proposta teria chegado ao seu conhecimento.
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