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  • Um tweet divulgado a 21 de maio acusa a ainda líder do Bloco de Esquerda de ser uma “latifundiária da extrema-esquerda”, através de um texto onde se expõe os negócios da deputada: “Tem quatro empreendimentos turísticos e uma unidade de alojamento local que cobra 120 euros por noite, preço só ao alcance dos ricos. E ainda por cima recebeu um subsídio do Estado de 137,3 mil euros. Aos funcionários paga-lhes 1,90 euros/hora, sem contrato de trabalho. Lembre-se dela quando for votar.” A história remonta a 2008, quando Catarina Martins e o marido, Pedro Miguel Soares Carreira, fundaram a Logradouro Lda.,uma empresa com atividades comerciais na área do turismo, no âmbito da “exploração de empreendimentos de Turismo no espaço rural”. À data, a empresa era detida pelos dois, numa divisão 50/50. Porém, e com a entrada de Catarina Martins no Parlamento, em 2009, a deputada passou a deter, juntamente com o marido, apenas 4% da empresa. Esta informação é confirmada ao Polígrafo pelo Bloco de Esquerda: “Catarina Martins mantém uma participação de 4% na empresa, tendo renunciado a todas funções de gestão quando assumiu o mandato de deputada em 2009.” Nessa altura entraram para a empresa dois novos sócios, os sogros de Catarina Martins. Aliás, o imóvel está registado como alojamento local porque se trata da casa dos sogros da deputada na sua aldeia de origem, onde a família se reúne em épocas festivas. Nos períodos em que não é utilizada pelos proprietários, está disponível para Turismo, tal como o Polígrafo já escreveu. Mas será possível que Catarina Martins tenha recebido subsídio do Estado e que pague 1,90 euros/hora aos funcionários da empresa que supostamente detém? Ao Polígrafo, fonte oficial do Bloco de Esquerda garante já “não há qualquer atividade de alojamento local” naquele espaço e que “a empresa nunca teve mais do que uma funcionária, que evidentemente nunca auferiu o valor referido”. Quanto aos apoios do Estado, é verdade que o projeto obteve fundos comunitários, no âmbito do QREN, com um valor total de 137,3 mil euros. Mas o património era e continua a ser dos sogros de Martins e não da própria. De resto, na altura em que o projeto obteve os fundos comunitários e as obras se iniciaram, Martins já estava no Parlamento e passara a ter uma quota simbólica de 4% da empresa, juntamente com o marido, como já referimos. O Bloco lamenta e refere que “esta é apenas mais uma das mentiras que se têm multiplicado nas redes sociais da extrema-direita”. Já em 2020 a história rendeu bastantes publicações nas redes sociais, que acusavam a bloquista de “especulação imobiliária” e de deter um “alojamento turístico de luxo“. __________________________ Avaliação do Polígrafo:
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