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  • Não é verdade que a Fina Flor, produtora da qual a atriz Maria Flor é sócia, recebeu R$ 10,4 milhões do governo federal entre 2013 e 2018, como alegam posts nas redes sociais (veja aqui). Os projetos culturais da empresa captaram R$ 4,8 milhões por meio da Lei do Audiovisual, de editais do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual) e de patrocínio da Caixa Econômica Federal. As peças de desinformação reuniam ao menos 2.632 compartilhamentos no Facebook nesta sexta-feira (9) e foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona). Entre 2013/2018 - Fina Flor Produções, da Maria Flor, recebeu R$10.476.871,00. Com o governo Bolsonaro a empresa recebeu R$0,00 de dinheiro público Postagens nas redes sociais enganam ao afirmar que a Fina Flor, produtora da qual a atriz Maria Flor é sócia, teria recebido R$ 10,4 milhões em recursos federais entre 2013 e 2018. Na verdade, a empresa captou um valor total de R$ 4,8 milhões para seis projetos: R$ 724 mil por meio da Lei do Audiovisual, R$ 4 milhões em editais do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual) e R$ 148 mil em um patrocínio da Caixa Econômica Federal. Segundo dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema) a arrecadação pela Lei do Audiovisual, no mecanismo que prevê transferência de recursos por dedução do Imposto de Renda, foi para trabalhos aprovados em 2014, 2016 e 2017. Entre as obras, estão a série "MMA em Família", o filme "Ensaio" e um documentário sobre o jornalista Samuel Wainer, que está com o processo de captação aberto até o fim de 2021. Já os editais de financiamento do FSA se referem aos projetos "Inclassificáveis" e "Ano que vem". O “Inclassificáveis” teve R$ 100 mil aprovados em 2017. Já o filme “Ano Que Vem” teve duas quantias aprovadas, em 2015 (R$ 100 mil) e em 2018 (R$ 3,8 milhões). O valor mais alto foi financiado pelo BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e liberado somente em janeiro de 2021. Além de trabalhos audiovisuais, em 2014 a Fina Flor conseguiu um patrocínio de R$ 148 mil da Caixa para produzir a exposição “Assíntotas”. Outras cinco iniciativas da produtora não obtiveram recursos. Maria Flor também é sócia da “A L’aventura produções”, mas não foram encontrados projetos da instituição. Como pessoa física, Maria Flor teve uma peça de teatro aprovada em 2009 pela Lei Rouanet, mas não conseguiu captar a verba. Questionada por Aos Fatos sobre os motivos pelos quais não foram obtidos recursos de editais em 2019 e 2020, a produtora Fina Flor afirmou que inscreveu apenas um projeto no âmbito da Lei Aldir Blanc, que não foi contemplado. Além disso, segundo a empresa, a pandemia e a demora na liberação dos valores relativos ao filme “Ano Que Vem”, que só foram obtidos depois de uma ação judicial, levaram a produtora a readaptar o projeto.
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