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| - Pilota à frente do avião presidencial não é novidade do governo Bolsonaro
Uma foto que circula pelas redes sociais desde a última semana de 2018 indica que o governo de Jair Bolsonaro traria uma mulher como pilota do avião presidencial pela primeira vez na história.
A Primeira mulher a pilotar para um Presidente da República. O feminismo amarga mais uma derrota em seu discurso
A mensagem, que é seguida por felicitações ao governo Bolsonaro, como se fosse ele quem tivesse escolhido a pilota, é acompanhada por uma foto mostrando uma mulher na cabine de comando do Airbus A-319.
O UOL também recebeu mensagens de conteúdo semelhante via WhatsApp.
FALSO: Pilota entrou para o grupo no governo Temer
A mensagem usa informações verdadeiras de forma deturpada. A capitã Carla Borges, mulher que aparece na foto, é, de fato, a primeira mulher a pilotar o avião presidencial, mas começou ainda durante o governo Temer.
Na verdade, Borges começou a integrar a equipe que pilota o Airbus A-319 em dezembro de 2016, quando o ex-presidente Michel Temer ocupava o Palácio do Planalto.
Ao UOL, a FAB (Força Aérea Brasileira), responsável pelo avião, confirmou que a capitã continua a integrar o grupo de pilotagem e que ela foi mesmo a primeira mulher a integrar o quadro.
Borges realizou seu primeiro voo no dia 22 de dezembro de 2016, quando levou Temer da Base Aérea de Brasília ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. "É com muita satisfação que hoje vamos fazer este voo sob o comando da Capitão Carla. Espero que outras colegas possam pilotar o avião presidencial", afirmou o então presidente na ocasião.
De currículo invejável na FAB, a capitã também foi a primeira pilota da corporação a fazer voo solo em caça.
Não é escolha do presidente
Outro texto compartilhado também dá a entender que a equipe seria escolha de Jair Bolsonaro ou poderia ser barrada por ele.
Se Bolsonaro fosse machista, não aceitaria essa capitã, tendo tantos homens e ela sendo da primeira turma de mulheres brasileiras a pilotar aviões da FAB! Cadê o bando do #elenão?
A FAB explica, no entanto, que a seleção passa por critérios que não a indicação presidencial. "Para ingressarem [no grupo de tripulantes], os pilotos são submetidos a um conselho operacional em que participam os chefes dos esquadrões (são três) e das seções envolvidas", explica a FAB.
Além da competência operacional, a corporação também leva o comportamento dos candidatos em conta. Os pilotos aceitos geralmente estão no posto de capitão ou major e podem integrar o grupo por, no máximo, sete anos.
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