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| - “Onde está agora o hiprocritamente designado ‘Conselho Português para a Paz e Cooperação’ nestas horas graves da invasão russa ao território ucraniano? Tão célere e ativo a falar contra as intervenções armadas de países com os quais não simpatiza, como são os casos dos Estados Unidos [da América] e de Israel, esta organização fantoche, presidida pela militante do Partido Comunista [Português], Ilda Figueiredo, cala-se quando o agressor é seu amigo ou o agredido alguém com quem antipatiza”, acusa-se no post de 28 de fevereiro no Facebook, em referência à guerra da Ucrânia.
“Nestes momentos não se manipula imagens de criancinhas assustadas, não há verbosidade contra o ‘militarismo’ de quem toma a iniciativa de ataque e a ‘paz’ que se lixe”, conclui o autor do texto.
É verdade que o CPPC mantém o silêncio relativamente à invasão da Ucrânia por forças militares da Rússia?
Não, a alegação é falsa. No dia 24 de fevereiro de 2022, quando foi lançada a invasão, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) publicou um longo texto (na página institucional e também nas redes sociais) sobre a guerra da Ucrânia.
À data, o CPPC defendeu ser necessário “travar a escalada de confronto na Ucrânia e na Europa”, sublinhando ter acompanhado “com grande apreensão o agravamento da situação no Leste da Europa, que levou a uma nova escalada no confronto militar que tem tido lugar na Ucrânia desde 2014 e à intervenção militar por parte da Federação da Rússia neste país“.
Na mesma tomada de posição, o CPPC apelou “à imediata cessação das operações militares, à adoção de gestos e ao avançar de propostas que permitam abrir caminho à resolução negociada do conflito, objetivo que deve ser preocupação de todos quantos verdadeiramente defendem a paz e o respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas”.
Por outro lado, o CPPC considera ser “necessário que a NATO abandone a intenção de se expandir ainda mais para o Leste da Europa, nomeadamente através da integração da Ucrânia, e reduza os seus meios e contingentes militares junto às fronteiras da Federação Russa”.
Ainda antes da invasão da Ucrânia, o CPPC já tinha assumido uma posição sobre “a escalada de confrontação na Europa” e defendido a necessidade de “pôr fim ao cerco militar da NATO à Rússia“.
Em conclusão, é falso que o CPPC não tenha tomado qualquer posição sobre a guerra da Ucrânia.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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