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  • A publicação apresenta uma solução para matar o cancro “de forma simples”, mesmo “se a pessoa estiver nos últimos dias”, ou seja, em estado terminal: “comer fruta com o estômago vazio”. Na origem deste remédio milagroso estará um médico britânico, Stephen Mac, que, refere o autor deste post, trata doentes “através de um método não convencional”, e, assim, “resgata muitos pacientes”, alcançando uma “taxa de sucesso no tratamento do cancro” que se aproxima dos 80%. Esse alegado médico acredita que ao “comer frutas com o estômago vazio elas desempenham um papel muito importante na desintoxicação” do corpo, com estes alimentos a “fornecerem muita energia para a perda de peso e outras atividades da vida”. Lê-se mesmo nesta publicação que “a fruta é o alimento mais importante”, mas é afastada a possibilidade de comer frutas cozidas, visto que isso “destrói vitaminas” e perdem-se “os nutrientes mais benéficos”. Ainda assim, o jejum é essencial para o sucesso, defende-se, uma vez que, explica o autor, ao “comer fruta com o estômago cheio, ela [fruta] vai misturar-se com outros alimentos que já estão a ser digeridos e vai produzir gases”. São também enumeradas várias vantagens deste alegado método milagroso, como o fim dos “tremores, calvície, raiva e olheiras” ou a desintoxicação do corpo, classificando mesmo esta solução como o “segredo da longevidade da beleza, saúde, energia, felicidade e peso normal”. Na publicação, que nas últimas semanas se tornou viral, são também dados exemplos de frutas benéficas para a saúde. É o caso das maçãs e laranjas que, supostamente, ajudam a “reduzir o risco de cancro do cólon” ou o morango que, lê-se, “protege o corpo das causas do cancro e do bloqueio dos vasos sanguíneos”. O autor acrescenta ainda que “beber água fria (…) depois de comer” ajuda a potenciar o cancro, visto que “endurece o óleo e retarda a digestão”. Fazendo uma simples pesquisa no Google sobre a alegada taxa de sucesso deste médico — Stephen Mac — no campo da oncologia, não se encontra qualquer informação, a não ser referências ao nome em diferentes variações desta mesma publicação. Igualmente, ao consultarmos uma plataforma científica como, por exemplo, a Pubmed, encontramos cerca de duas dezenas de artigos relacionados com o nome Stephen Mac — nenhum deles fala da ligação entre o consumo de frutas e a cura de cancro. É algo que indica que, provavelmente, este especialista não existe. Fact Check. Beber água quente com limão é a cura para o cancro? Questionada pelo Observador, a nutricionista Fernanda Marques do AIM Cancer Center (centro de cuidados integrados em oncologia) garante ser “errada” a alegação de que um “determinado alimento mata o cancro”, uma vez que “a cura de uma doença cancerígena não acontece apenas e só pelo consumo alimentar”, deve ser aliada a outros fatores. Numa resposta por email, a nutricionista sublinha que “o cancro é uma doença multifatorial e complexa”, não existindo “nenhum estudo científico que corrobore esta informação”, e não apenas em relação à fruta: “Não existe qualquer evidência científica sobre um alimento que tenha este potencial”, afirma. Fernanda Marques assume que o atual estado da investigação científica mostra “a presença de determinados compostos bioativos nas frutas” que podem ter “um papel importante principalmente na prevenção do cancro”. Dá mesmo como exemplo frutas como a romã, que “parecem exercer propriedades anti-inflamatórias e anti-cancerígenas”, o que sugere ser um “promissor agente quimio-preventivo”. “No entanto”, acrescenta, “o consumo de um alimento isolado não terá este efeito, o que trará esses benefícios é associar estes compostos com hábitos de vida saudáveis”. Fact Check. Beber água antes de dormir ajuda a prevenir ataques cardíacos? Já sobre a altura ideal para consumir fruta, a especialista esclarece que alguns estudos comprovam que “quando consumidas antes das refeições [as frutas] podem auxiliar na redução das respostas glicémicas de uma refeição rica em hidratos e gorduras”, além de trazerem benefícios “na supressão do apetite” e no prolongar da saciedade. Fernanda Marques refere que “ainda existem muitas divergências” nos estudos, mas “parece que consumir as frutas antes, mas também em conjunto com a refeição” pode “trazer mais benefícios ao processo de digestão”. Ainda assim, em contrapartida, “não há estudos que comprovem que a fruta consumida após a refeição traria os prejuízos relatados no artigo”, sublinha a nutricionista. Ou seja, apesar dos benefícios que a fruta pode ter na prevenção e na fase de tratamento do cancro, a cura de uma doença cancerígena não acontece apenas e só pelo consumo destes alimentos. Por fim, consultando outros factcheckers internacionais como o Snopes, podemos concluir que versões deste post já andam a circular na internet pelo menos desde 2001. O texto terá origem num artigo denominado “A forma correta de comer fruta [sic]”, escrito em 1998 por um chef que residia em Singapura. Conclusão Não há estudos que comprovem que o consumo de fruta em jejum cure o cancro, mesmo em casos terminais. Os especialistas admitem que há vantagens importantes para a saúde no consumo de fruta, mas estes alimentos isolados não conseguem tratar doenças oncológicas. O suposto médico que serve de base a estas alegações não é, igualmente, referido em nenhum artigo científico de relevo, podendo nem existir. Para além disso, artigos semelhantes a este já andam a circular nas redes sociais há mais de duas décadas. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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