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| - Uma publicação de Twitter de um deputado brasileiro espalhou-se rapidamente pelas redes sociais no mesmo dia em que tanques da marinha brasileira saíram em comboio pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Houve desfile militar sim, mas com uma configuração diferente à que surge na imagem partilhada pelo deputado. Porquê? Otoni de Paula partilhou uma imagem do desfile de homenagem aos 70 anos do comunismo, na China.
O deputado brasileiro foi avisado do lapso da partilha da fotografia no Twitter e pediu aos utilizadores que “ficassem tranquilos”. “Fiquem tranquilos, a foto é somente ilustrativa e para mostrar para os esquerdistas que em qualquer país, até na China, tem manobra militar. Fiquem calmos”, escreveu.
Mas passaram cinco horas entre uma publicação e outra e o resultado foi que a partilha se difundiu rapidamente por outras redes sociais passando a ideia que a fotografia dizia respeito ao desfile organizado no Brasil e que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
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Voltando à imagem partilhada por Otoni de Paula, foi capturada no dia em que a China comemorou o 70.º aniversário do regime comunista no país. O desfile das forças armadas durou várias horas e impressionou, desde logo, pela dimensão. Dimensão essa, com certeza, bastante superior à da iniciativa que teve lugar esta semana em Brasília.
Conclusão
É falso que a imagem divulgada pelo deputado brasileiro Otoni de Paula tenha sido registada durante o desfile militar que ocorreu em Brasília, esta semana. O deputado partilhou a imagem no Twitter e rapidamente foi corrigido pelos utilizadores da rede social, mas só cinco horas depois voltou a falar no assunto, o que permitiu que fosse difundida a falsidade. Continuando a publicação disponível, esta continua a ser partilhada noutras redes sociais como se se tratasse de um registo real capturado em Brasília. Não é.
Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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