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| - Circula nos redes sociais uma imagem de um incêndio cuja legenda aponta para que se tratem das instalações da Pfizer em Madrid. A imagem foi retirada de um vídeo que começou a circular no Twitter e rapidamente foi amplificado nas restantes redes sociais.
A alteração intencional do contexto da imagem cumpre o propósito de continuar a difundir informação falsa em torno de um dos laboratórios responsáveis pelo desenvolvimento e fabrico das vacinas contra a Covid-19, alimentando as dúvidas e receios em relação a estes.
Mas que momento está registado nas imagens? O incêndio em causa aconteceu no início de setembro, em Madrid. Isso está correto. Mas não teve absolutamente nada que ver com o laboratório da Pfizer. Tratou-se de um incêndio num local de compostagem de detritos de árvores e vegetação na localidade de São Sebastião dos Reis.
O incêndio teve origem natural, tendo sido provocado por um raio e dado a natureza do material combustível atingiu chamas com cerca de 10 metros de altura, numa área de quase 8 mil metros cúbicos.
Foram necessárias nove corporações de bombeiros da Comunidade de Madrid para dominar o incêndio e os trabalhos de rescaldo continuaram nos dias seguintes. O fumo e o odor proveniente do incêndio deram origem ainda a várias chamadas para os números de emergência dos habitantes das localidades em redor, reportava à data o El País.
Conclusão
Não há qualquer registo que os laboratórios da Pfizer em Espanha tenham sofrido um incêndio. Na mesma localidade, um raio causou um incêndio num espaço que armazenava biomassa de detritos florestais. Foi esse o incêndio, devidamente noticiado pelos meios de comunicação espanhóis, e é a descontextualização do acontecimento que permite a difusão da informação falsa.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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