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  • “Tirem as suas próprias conclusões”, comenta-se numa das publicações em causa, a qual já acumula mais de 7.400 partilhas no Facebook. Essa frase remete para o vídeo de um discurso do presidente da China, Xi Jinping, a partir do seu gabinete, no qual aparece a falar de “uma nova era” e de uma futura guerra mundial, de acordo com a tradução apresentada nas respetivas legendas em língua portuguesa. O vídeo tem cerca de um minuto e meio de duração. Eis a transcrição das legendas: “Estamos prestes a iniciar uma nova era na China e no mundo, você estando pronto ou não. A nossa economia nunca esteve tão boa. O nosso exército não pára de crescer em quantidade e em qualidade. No ar, no mar e no céu. Nós venceremos! A China nunca mais vai ser humilhada, como na Segunda Guerra Mundial. Ninguém vai dizer o que tem que ser feito aqui. Você vai entender essa mensagem brevemente. Queremos sempre o diálogo, mas ‘eles querem a guerra’. Isso vai acontecer, será fatal! Não nos curvaremos, jamais. A China é inevitável. Somos inevitável! Se você quer saber como foi o seu passado, olhe para quem você é hoje. Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier”. A tradução do discurso de Xi Jinping é correta? A resposta é não. As imagens do vídeo correspondem ao tradicional discurso de Ano Novo do presidente da China, proferido no dia 31 de dezembro de 2018. A verdadeira mensagem centra-se sobretudo nas conquistas internas alcançadas durante esse ano, embora sejam referidas “mudanças no cenário internacional” e a defesa da “soberania e segurança nacionais”. Aliás, é possível ver que foi utilizada a InShot, uma aplicação de edição de vídeo e fotografia, pois aparece a marca de água da mesma nas imagens a circular. Como explica o site de verificação de factos brasileiro Agência Lupa, existe uma versão do discurso legendada em inglês publicada pela “China Global Television Network”, cadeia televisiva estatal. Também é possível ler na versão portuguesa do “Diário do Povo” a mensagem completa – a tradução original foi feita pela Rádio Internacional da China (CRI). Este dois media também são controlados pelo Estado chinês. O discurso original tem cerca de onze minutos e foram aproveitados três trechos para criar a mensagem falsa colocada a circular. A primeira parte, segundo a “Agência Lupa”, corresponde ao primeiro minuto do discurso verdadeiro. Segundo o vídeo a circular nas redes sociais, Xi Jinping diz: “Estamos prestes a iniciar uma nova era na China e no mundo, você estando pronto ou não. A nossa economia nunca esteve tão boa. O nosso exército não para de crescer em quantidade e em qualidade. No ar, no mar e no céu. Nós venceremos! A China nunca mais vai ser humilhada, como na Segunda Guerra Mundial. Ninguém vai dizer o que tem que ser feito aqui. Você vai entender essa mensagem brevemente”. Porém, as primeiras frases do Chefe de Estado da China remetem para os desafios alcançados pela sociedade chinesa em 2018: “Camaradas, amigos, senhoras e senhores, saudações a todos. ‘O tempo não pára para ninguém e as estações mudam constantemente.’ Com 2019 à porta, gostaria de estender os meus votos de Feliz Ano Novo a todos desde Pequim. 2018 foi um ano repleto que abordámos com uma determinação inabalável. Apesar de todos os riscos e desafios, promovemos o desenvolvimento económico de alta qualidade, acelerámos a substituição das velhas forças motrizes pelas novas e mantivemos os indicadores económicos mais relevantes numa fasquia razoável.” Há então um corte no vídeo e passa-se para a suposta ameaça de uma nova guerra mundial: “Queremos sempre o diálogo, mas ‘eles querem a guerra’. Isso vai acontecer, será fatal!” Mais uma vez, o discurso é traduzido erradamente. “Avançámos nos esforços para proteger o nosso céu azul, os rios e a terra da poluição. Acelerámos o desenvolvimento de diversos programas relacionados com o bem-estar da população e elevámos constantemente o seu padrão de vida” é o que é dito por Xi Jinping de acordo com a tradução dos órgãos de comunicação oficiais. De acordo com a publicação em análise, o discurso do presidente chinês teria terminado com um alerta para os concidadãos se prepararem para tempos complicados: “Não nos curvaremos, jamais. A China é inevitável. Somos inevitável! Se você quer saber como foi o seu passado, olhe para quem você é hoje. Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier.” A tradução apresentada pela televisão, a rádio e o jornal estatais chineses revela que essa parte da declaração se referia, no entanto, a um conjunto de planos estratégicos do regime de Pequim: “Foram ainda firmemente implementadas estratégias nacionais como o desenvolvimento coordenado da região Beijing-Tianjin-Hebei, o desenvolvimento do cordão económico do rio Yangtzé e a construção da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Durante as minhas viagens de inspeção pelo país, tenho visto com muita alegria as duas margens arborizadas do rio Yangtzé.” Em suma, as legendas do discurso partilhado na publicação que se tornou viral nas redes sociais não correspondem ao que foi dito por Xi Jinping no discurso de Ano Novo, a 31 de dezembro de 2018. A tradução foi feita de maneira a dar a entender que o presidente da China alertava o mundo para iminência de uma nova grande guerra mundial, mas o discurso centrou-se sobretudo em questões económicas e de política interna. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Adulterado: conteúdos de imagem, áudio ou vídeo que tenham sido editados ou sintetizados para além dos ajustes de clareza ou qualidade de formas que podem induzir as pessoas em erro; esta definição inclui emendas, mas não excertos dos conteúdos multimédia ou a apresentação de conteúdos multimédia fora do contexto; ao abrigo dos nossos Padrões da Comunidade, também removemos determinados vídeos manipulados produzidos por inteligência artificial ou aprendizagem automática e que provavelmente induziriam uma pessoa comum a acreditar que o interveniente do vídeo proferiu palavras que realmente não disse. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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