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| - O vídeo em causa já foi sinalizado como fake news por várias plataformas brasileiras (e de outros países da América do Sul) de fact-checking, nomeadamente a “Boatos.org“, a “E-Farsas” e a “Aos Fatos“.
Não obstante, continua a ser difundido nas redes sociais e entretanto também já chegou a Portugal.
“Um vídeo começou a se espalhar nas redes sociais na segunda quinzena de outubro de 2019 e também foi amplamente compartilhado através de grupos do WhatsApp. Nele podemos ver uma mulher entrevistando um homem vestido de padre mostrando documentos que comprovariam que alguns líderes e ex-presidentes da América do Sul teriam contas no Vaticano! Dentre os nomes citados, os documentos citam Nicolás Maduro – presidente da Venezuela – e o ex-presidente Lula da Silva (que, segundo o vídeo, teria 243 milhões de euros guardados lá)”, descreve-se no artigo de verificação de factos da “E-Farsas”.
“Essa história de contas secretas do Vaticano circula desde o começo de 2019, como explica a imprensa de língua espanhola. A ‘ACIPrensa‘, por exemplo, publicou um desmentido do Vaticano sobre essas supostas contas. Esse rumor também foi desmentido pela agência de checagem ‘Colombia Check‘ que, além de ouvir o Vaticano, também analisou os documentos e constatou várias falsificações, como nas assinaturas. O site ‘Infodecom‘ também desmascarou as ‘provas’ apresentadas pelo homem vestido de padre”, enumera-se no mesmo artigo.
Por sua vez, na “Aos Fatos” salienta-se que “o vídeo da entrevista de um suposto diácono chamado Jorge Sonnante a um canal de TV argentino tem circulado na Internet como se ele fosse o diretor do banco do Vaticano, o que não é verdade (veja aqui). No programa, ele acusa o ex-presidente Lula (PT) e outros líderes da esquerda latino-americana de manterem contas secretas no IOR (Instituto para as Obras de Religião), nome oficial do banco da Santa Sé. Os indícios que Sonnante apresenta não atestam as suas acusações e a instituição negou que os políticos citados sejam correntistas”.
“O mesmo trecho da entrevista circulou no YouTube e em posts no Facebook no ano passado, mas a falsa atribuição ao diretor do IOR foi feita nesta quinta-feira (13 de fevereiro de 2020), em publicação do site ‘Presidente Bolsonaro’, e acumula cerca de 225 mil compartilhamentos até a tarde desta sexta (14). Este conteúdo e outros com a mesma desinformação foram marcados com o selo ‘Falso’ na ferramenta de verificação do Facebook”, acrescenta-se nesse artigo.
Quanto à “Boatos.org”, informa que “a história que está sendo apresentada como recente na tal entrevista feita na Argentina surgiu na Colômbia e já tinha sido desmentida por lá e na Venezuela. Após a tal ‘entrevista bomba, sites bolivianos também desmentiram a informação. Não bastasse tudo que havia sido dito, há outros documentos que foram apresentados contra Evo Morales e, na realidade, são falsos“.
“Ou seja: as ‘provas documentais‘ que teriam sido apresentadas contra o presidente Lula já foram classificadas como falsas em diversos países da América do Sul e pelo próprio Vaticano“, conclui.
Avaliação do Polígrafo:
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