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| - “Em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, fizeram uma Corona Party. Que falta de noção”, pode ler-se numa das múltiplas publicações que têm circulado nas redes sociais. Nas imagens podem ver-se várias pessoas de máscaras, algumas deitadas em macas e outras a segurar folhetos oficiais da Direção Geral da Saúde (DGS).
Serão as imagens autênticas? Verificação de factos.
O Polígrafo contactou o proprietário do bar, Rodrigo Guedes, que confirmou que a festa tinha realmente ocorrido. “A motivação, sinceramente, foi marketing“, admite. E acrescenta: “Está a resultar. Mas foi também sensibilizar os nossos clientes para tomarem as devidas precauções.”
O Polígrafo contactou o proprietário do bar, Rodrigo Guedes, que confirmou que a festa tinha realmente ocorrido. “A motivação, sinceramente, foi marketing“, admite. “Que está a resultar. Mas foi também sensibilizar os nossos clientes para tomarem as devidas precauções.”
“Nós demos os panfletos com toda a informação sobre a doença, com números de saúde para os quais poderiam ligar e ainda oferecemos máscaras. As macas que se vêem nas fotos foram feitas, não foram emprestadas. No Carnaval houve centenas de cortejos com centenas de pessoas e ninguém criticou. Mas isso nós já sabíamos. Antes da festa já tínhamos feito uma reunião com o staff e sabíamos que íamos ser criticados”, confessa.
Numa altura em que a DGS apela para que as pessoas não frequentem espaços com muita gente, o proprietário sublinha: “Quando fizemos a festa, no dia sete de março, ainda não havia nenhum caso em Santa Maria da Feira nem a Direção Geral da Saúde tinha apelado a que as pessoas se resguardassem.”
Uma das fotografias que se podia ver no álbum de Facebook da festa era de uma ambulância, que muitos pensaram poder tratar-se de um adereço. A Cruz Vermelha da Delegação de Sanguedo, através de um comunicado nas redes sociais, veio criticar publicamente o bar.
“No passado dia 07 de Março fomos acionados para uma emergência pré hospitalar num espaço público de diversão noturna. Durante a emergência fomos fotografados sem o conhecimento de tal situação! Neste espaço decorria uma festa alusiva ao Covid-19 e as fotografias da nossa viatura e socorristas foram utilizadas para divulgação privada do evento ali decorrido, sem qualquer conhecimento nosso de tal”, pode ler-se no texto.
O proprietário reconhece o erro: “A ambulância veio socorrer uma pessoa que se sentiu mal. Não era nenhum adereço. Nós tirámos uma foto e publicámos na página da esplanada. Não devia ter sido feito. Antes do apelo da Cruz Vermelha já a tínhamos retirado.”
O proprietário reconhece o erro: “A ambulância veio socorrer uma pessoa que se sentiu mal. Não era nenhum adereço. Nós tirámos uma foto e publicámos na página da esplanada. Não devia ter sido feito. Antes do apelo da Cruz Vermelha já a tínhamos retirado.”
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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