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  • “Pela primeira vez na história da vacinação, as chamadas vacinas de mRNA de última geração intervêm diretamente no material genético do paciente portanto, alteram o material genético individual, que representa a manipulação genética, algo que já era proibido e até então considerado criminoso”, começa por ler-se na publicação em causa. “Mesmo que a mídia e os políticos atualmente banalizem o problema e até clamem estupidamente por um novo tipo de vacina para voltar à normalidade, essa vacinação é problemática em termos de saúde, moral e ética, e também em termos de danos genéticos que, ao contrário dos danos causados por vacinas anteriores, serão irreversíveis e irreparáveis”, sublinha-se. Será verdade que as vacinas de base RNA alteram o código genético humano? Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 8 de dezembro de 2020, são cerca de uma dezena as vacinas contra o novo coronavírus de base RNA – algumas ainda em fase de desenvolvimento e testagem e outras a aguardar a aprovação das entidades de regulação para começarem a ser distribuídas. No Reino Unido, a vacina da Pfizer já começou a ser administrada aos grupos de risco: a primeira fase do programa de vacinação inclui os idosos e os profissionais de saúde. De acordo com a organização, esta abordagem oferece algumas vantagens em comparação com métodos mais tradicionais. Desde logo porque eliminam a necessidade de inserir qualquer agente infeccioso, como um vírus enfraquecido, no corpo humano. E também são mais fáceis de produzir em larga escala. Até hoje, nenhuma vacina produzida chegou a ser aprovada para aplicação em humanos. Tal como o Polígrafo verificou anteriormente, as vacinas de base RNA são desenvolvidas através de uma técnica que consiste em inserir uma parte dos genes de um determinado patógeno em plasmídeos, moléculas de ácido ribonucleico presentes nas bactérias. Estes plasmídeos são injetados no corpo humano e entram nas células, onde reproduzem partes do agente causador da doença – neste caso, o novo coronavírus – para obter uma resposta imunológica do organismo. Ou seja, o código genético que é modificado é o de uma molécula de uma bactéria, não o de um ser humano. Miguel Castanho, investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, esclarece que “o código genético humano é constituído por DNA e não RNA” e que “as células humanas não convertem RNA em DNA, pelo que é impossível ao RNA reescrever o código genético”. Em suma, conclui-se que as alegações da publicação são falsas. Tal como o Polígrafo já tinha verificado, as vacinas de base RNA não alteram o genoma humano. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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