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| - “O problema que nós temos é a história do PSD nesta matéria. O PSD quer falar de educação, nós podemos falar de educação. O Bloco de Esquerda, em janeiro de 2021, propôs criar um regime de compensação a docentes deslocados. O PSD votou contra. O Bloco de Esquerda propôs, em 2021, um programa extraordinário de vinculação de docentes. O PSD votou contra”, afirmou Joana Mortágua, deputada bloquista, no debate parlamentar sobre propostas para o setor da Educação que se realizou no dia 22 de fevereiro.
Nesse âmbito, sublinhou: “Nós temos um problema, é que de Rui Rio a Nuno Crato, não houve um dirigente do PSD até hoje que não dissesse que havia professores a mais em Portugal. Todos o fizeram. Passos Coelho, Rui Rio, Nuno Crato, todos disseram que havia professores a mais em Portugal.”
Tem razão?
Nuno Crato: Em setembro de 2012, Nuno Crato, então ministro da Educação de Pedro Passos Coelho dizia, em entrevista ao jornal “Sol“, que havia profissionais a mais e que a “redução de professores” seria “inevitável nos próximos anos”.
“O que se está a passar é o resultado de várias coisas que são mais fortes do que nós. A primeira delas é a redução da população escolar, em cerca de 200 mil alunos nos últimos anos (cerca de 14%). É uma diminuição brutal. O que temos sempre dito é que os professores do quadro são necessários e que, além disso, há algumas necessidades mais. No futuro imediato vamos continuar a assistir a necessidades muito limitadas de contratação”, disse.
Pedro Passos Coelho: Em maio de 2013, numa conferência de imprensa de apresentação do relatório encomendado pelo Governo à OCDE – “Portugal: Reformar o Estado para promover o crescimento” -, o então primeiro-ministro disse, sobre a escola pública e outros sectores do Estado: “Precisamos de ter menos professores porque temos menos crianças e menos turmas. Temos um sector público sobredimensionado.”
Rui Rio: Numa entrevista à rádio “Observador”, em julho de 2019, Rio disse que “o mais importante é a arrumação dos funcionários públicos. Por exemplo, temos professores a mais, infelizmente“, sugerindo a realização de uma uma auditoria para se perceber se Portugal estaria a desperdiçar recursos.
“O que disse que fiz, uma auditoria de recursos humanos, não era para culpar ninguém, mas para gerir melhor. Uma vez chegada ao Governo, se a pessoa for intelectualmente séria, não tem outro caminho que não seja fazer isso, porque senão estamos a desperdiçar recursos de forma brutal. No fim, pode até nem reduzir funcionários públicos e aumentar um pouco, mas o que aqui é mais importante é a arrumação dos funcionários públicos”, afirmou o líder do PSD.
“Os professores, por exemplo: há professores a mais, infelizmente, o que significa que temos um problema de natalidade, há menos crianças. Tudo isto tem que ser equilibrado”, sustentou.
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Avaliação do Polígrafo:
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