About: http://data.cimple.eu/claim-review/ee896f80c933c79d3d97b6c6d67ac3bb975a26766295ead5f6f5c42c     Goto   Sponge   NotDistinct   Permalink

An Entity of Type : schema:ClaimReview, within Data Space : data.cimple.eu associated with source document(s)

AttributesValues
rdf:type
http://data.cimple...lizedReviewRating
schema:url
schema:text
  • Uma publicação partilhada no Facebook alerta para uma lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, alegadamente, mostra o registo oficial de milhões de reações adversas a várias vacinas, incluindo a da Covid-19. O autor escreve mesmo: “Efeitos adversos das várias vacinas desde a sua criação até 2021.” Mas os dados não foram cientificamente comprovados e falta contexto. Os dados em causa estão disponíveis no site VigiAccess. Trata-se de uma ferramenta criada pela OMS em 2015. Permite que qualquer pessoa aceda a uma base de dados da OMS chamada VigiBase e que agrega relatos de potenciais efeitos adversos ou secundários de vacinas ou medicamentos. Os relatos expostos nesta base de dados são submetidos por organizações nomeadas pelas autoridades de saúde de vários países. É o caso do regulador norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA). Mas a lista dá apenas conta de efeitos secundários alegadamente sentidos pelas pessoas vacinadas, depois da toma de um medicamento ou uma vacina. Tais relatos não são verificados e os alegados efeitos secundários não são cientificamente comprovados. São apenas inseridos na lista, de forma livre. Ou seja, os dados não confirmam que um certo medicamento ou vacina provocou, de facto, uma determinada reação secundária. O próprio VigiAccess, na página inicial, deixa o aviso: “O VigiAcess não pode ser utilizado para concluir que há uma ligação entre a suspeita de um efeito secundário e um medicamento.” Em declarações à Agência Reuters, um porta-voz da Organização Mundial da Saúde também afirma: “A informação contida neste site não significa que um produto medicinal ou as suas substâncias causaram os efeitos relatados ou que tal medicamento não é seguro.” E acrescenta: “Confirmar uma ligação causal é um processo complexo que requer uma avaliação científica rigorosa e um acompanhamento detalhado de todos os dados disponíveis. Como tal, a informação contida neste site não reflete uma ligação confirmada entre um medicamento e um efeito secundário.” O Uppsala Monitoring Centre (UMC) é responsável por supervisionar a VigiBase e, assim, também o VigiAccess. Sediada na Suécia, trata-se de uma fundação independente e sem fins lucrativos que explora os benefícios e os riscos de produtos medicinais. À Associated Press, a responsável pela VigiBase no UMC, Helena Skold, explica que a organização não apaga relatos desta base de dados (a não ser que a pessoa que os submeteu o peça). A OMS também não intervém no processo. Helena Skold adianta que muitos relatos são submetidos de forma anónima e destaca que o processo é quase automático e muito permissivo, uma vez que há um grande fluxo de submissões. “Basicamente, só fazemos uma simples validação para confirmar que (os relatos) têm o mínimo de informação necessária incluída”, explica a responsável pela VigiBase no UMC. À Agência Reuters, um porta-voz do Uppsala Monitoring Centre acrescenta: “Infelizmente, ao longo dos últimos meses, temos visto muitas versões desta tabela serem partilhadas nas redes sociais de formas altamente enganadoras. O UMC confirma que que o gráfico não foi criado nem pelo Uppsala Monitoring Centre nem pela OMS.” Analisemos a lista da publicação alvo de análise deste Fact Check mais de perto. Indica uma série de vacinas e medicamentos e lista os ADRs (Adverse Drug Reactions — reações adversas a medicamentos, em português). De acordo com a tabela, os dados foram atualizados a 12 de novembro de 2021. Olhemos para um caso em específico: na lista, a primeira vacina, a da papeira, soma 711 reações. Consultado pelo Observador a 8 de dezembro de 2021, o número sobe para 719. O mesmo acontece com a vacina seguinte, a da rubéola: o número sobe de 2.621 para 2.624. Já a vacina da Covid-19 soma mais 249.024 potenciais reações adversas neste período. Este aumento mostra a facilidade de relatar alegados efeitos secundários de um certo medicamento ou vacina — tal como admitem os próprios responsáveis pelo VigiAccess. Em Portugal, os casos de reações adversas à vacina contra a Covid-19 ou qualquer outro medicamento podem ser reportados no portal do Infarmed, aqui. O regulador do medicamento explica que, “após receção e validação, a informação é avaliada por uma equipa de farmacêuticos e médicos especialistas em segurança de medicamentos”. A informação é “totalmente” anónima. Depois, “é enviada para as bases de dados europeia (Eudravigilance) e mundial da OMS (Vigibase) para efeito de uma avaliação permanente mais abrangente do perfil de segurança do medicamento”, acrescenta o Infarmed. De acordo com os últimos dados disponíveis (atualizados a 31 de outubro de 2021), o Infarmed soma 18.155 reações adversas às vacinas contra a Covid-19 em Portugal, entre ligeiras (a maioria) e graves. A informação está disponível no relatório de monitorização da segurança das vacinas contra a Covid-19, que pode ser consultado aqui (ver diapositivo 6). Conclusão É falso que a lista da Organização Mundial da Saúde com alegados efeitos adversos a medicamentos e vacinas tenha sido cientificamente comprovada. Os dados estão disponíveis no site VigiAccess, um portal da OMS, mas não são verificados. O próprio site alerta que a informação “não pode ser utilizada para concluir que há uma ligação entre a suspeita de um efeito secundário e um medicamento”. A OMS também garante que “a informação contida no VigiAccess não reflete uma ligação confirmada entre um medicamento e um efeito secundário”. O Uppsala Monitoring Centre, organização responsável por supervisionar estes dados, acrescenta que a lista em causa tem sido partilhada nas redes sociais de “formas altamente enganadoras”. E garante que não foi criada nem pela própria organização, nem pela OMS. Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
schema:mentions
schema:reviewRating
schema:author
schema:datePublished
schema:inLanguage
  • Portuguese
schema:itemReviewed
Faceted Search & Find service v1.16.115 as of Oct 09 2023


Alternative Linked Data Documents: ODE     Content Formats:   [cxml] [csv]     RDF   [text] [turtle] [ld+json] [rdf+json] [rdf+xml]     ODATA   [atom+xml] [odata+json]     Microdata   [microdata+json] [html]    About   
This material is Open Knowledge   W3C Semantic Web Technology [RDF Data] Valid XHTML + RDFa
OpenLink Virtuoso version 07.20.3238 as of Jul 16 2024, on Linux (x86_64-pc-linux-musl), Single-Server Edition (126 GB total memory, 3 GB memory in use)
Data on this page belongs to its respective rights holders.
Virtuoso Faceted Browser Copyright © 2009-2025 OpenLink Software