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| - “Olá, peço atenção. Pelo que me contaram agora, a Polícia de Lagos, uma polícia que se veste de preto, matou à porrada um homem só por estar a tocar guitarra. O que me contaram foi isto: estava o rapaz de uns 40 e tal, meio jamaicano meio inglês, a tocar guitarra na rua com amigos em Lagos e apareceu a polícia, partiu-lhe a guitarra e depois obrigou-o a ir para um beco escuro onde já não havia pessoas nem turistas. E aí deram-lhe um enxerto da porrada com cassetetes. Foi parar ao hospital de Portimão. Morreu três dias depois, o seu corpo foi para Lisboa, a sua família de momento era da rua em Portugal, a maioria estrangeiros que vivem na rua, provavelmente ninguém sabe do sucedido”, descreve-se numa publicação detetada pelo Polígrafo no Facebook, datada de 14 de agosto. De acordo com o autor do post, a situação terá ocorrido há cerca de duas semanas.
Também no Instagram foi partilhada uma mensagem semelhante: “Polícia UEP de Lagos na semana passada mataram este rapaz, bateram-lhe muito mesmo. Acabou por morrer no dia a seguir no hospital de Portimão com hemorragia interna, tal foi a dose de porrada que o coitado do Lincoln levou que acabou por não sobreviver. Tinha três filhas bebés já sem mãe, agora sem pai, que é feito delas? Só não sei como a polícia diz que não sabe de nada! E não sei como isto não está a ser investigado, tudo o que sei soube da última pessoa que esteve com ele na praia, mas com sorte esse meu amigo conseguiu fugir mas este não.”
Será verdade?
O Polígrafo contactou a Polícia de Segurança Pública (PSP) que, em resposta, informa que se encontram “sob investigação as causas do falecimento do cidadão“.
“Por parte da PSP estamos, igualmente, a apurar se poderá ter havido algum tipo de interação entre o cidadão falecido e qualquer Polícia. Para o efeito foi instaurado um inquérito e será dado conhecimento à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI)”, assegura ainda a PSP.
“Por parte da PSP estamos, igualmente, a apurar se poderá ter havido algum tipo de interação entre o cidadão falecido e qualquer Polícia. Para o efeito foi instaurado um inquérito e será dado conhecimento à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI)”
Em suma, pode concluir-se que é verdade que foi aberto um inquérito na PSP relativamente ao falecimento do cidadão estrangeiro em Lagos. Contudo, ainda não é possível averiguar se a morte esteve relacionada com algum incidente com as forças de segurança do local.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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