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  • Um médico alemão que veio a Portugal criticar os métodos de tratamento dos diabetes é o mote para mais um artigo fraudulento nas redes sociais, com o objetivo de vender um medicamento apresentado como milagroso. “Quero dizer, antes de mais nada, que gosto de Portugal, a cultura portuguesa e os cidadãos portugueses. Mas as abordagens que vocês utilizam para tratar a diabetes chocam os médicos europeus. Seus remédios têm objetivos completamente diferentes. Em qualquer caso no campo da endocrinologia”, terá afirmado o médico Klaus Volker, na suposta entrevista concedida a uma estação de televisão portuguesa, de acordo com a publicação em causa. A que estação de televisão? Isso não é especificado no artigo e, segundo uma pesquisa feita pelo Polígrafo, nenhuma das principais estações de televisão portuguesas tem qualquer referência a este médico alemão nas respetivas páginas online. Existe, de facto, um médico alemão chamado Klaus Volker que é especializado em medicina desportiva e tem várias publicações académicas sobre o assunto. No entanto, a fotografia utilizada para ilustrar o artigo não corresponde a Klaus Volker, mas sim a Emil J. Freirecih, um dos investigadores pioneiros no desenvolvimento da quimioterapia combinada para o combate ao cancro. Segundo um artigo publicado na página da MD Anderson Center, pertencente à Universidade do Texas, EUA, “esta técnica leva à cura de mais de 90% das crianças com leucemia linfoblástica aguda, uma doença que era quase fatal antes do estudo de Freirecih”. Também o nome da clínica referida no artigo como “mundialmente famosa” tem uma pequena alteração em relação à realidade. No artigo é apresentada como “Centro de Endocrinologia de Stuttgart – Tumorzentrum Eva Mayer-Stihl”, mas na realidade denomina-se como Centro de Cancro Stuttgart – Centro de Tumores Eva Mayr-Stihl (ou Stuttgart Cancer Center – Tumorzentrum Eva Mayr-Stijl, na denominação original). A diabetes é uma doença crónica, o que significa que não tem cura e implica tratamentos ao longo de toda a vida. Segundo o Manual MSD, o tratamento desta doença consiste em “dieta“, “exercício“, “perda de peso” e “educação“, cuidados que deverão ser associados a medicação específica, dependendo do tipo de diabetes. “Dieta, exercício e educação são os pilares do tratamento do diabetes e muitas vezes são as primeiras recomendações dadas a pessoas com diabetes leve. Perder peso é importante para pessoas que estão com excesso de peso. As pessoas que continuam a ter níveis elevados de glicose no sangue apesar de terem feito mudanças no estilo de vida e as pessoas com diabetes tipo 1 (independentemente dos seus níveis de glicose no sangue) também precisam de medicamentos“, informa-se no manual. No artigo são ainda enumerados alguns medicamentos – nomeadamente “Metformina, Siofor, Glucofage, Vildagliptina” -, indicando que “não podem curar a diabetes mellitus”. Esta afirmação é verdadeira, uma vez que a doença não tem cura. Estes medicamentos são utilizados para retardar os efeitos da doença, tais como perda de sensibilidade, doença renal crónica, perda de visão e aumento do risco de ataques cardíacos e acidentes cardiovasculares. O texto está orientado para levar as pessoas a desconfiarem das farmacêuticas e dos médicos, optando por produtos alternativos que prometem uma cura milagrosa. É nesse sentido que, no final do artigo, surge uma promoção para a aquisição do “Suganorm”, um medicamento que supostamente é utilizado na Europa e cura a diabetes. Importa salientar que o cabeçalho da página – com a aparência de um menu de conteúdos de “Notícias”, “História”, “Análise” e “Jogos” – direciona sempre os leitores para a parte do artigo onde surge a publicidade ao medicamento e uma “promoção exclusiva de 50% sobre o preço real”. Este modelo de conteúdo fraudulento é muito comum nas redes sociais, recorrendo à falsificação de nomes e imagens com o intuito de vender produtos, neste caso com a agravante de ser um medicamento que supostamente cura a diabetes. São talvez as fake news mais perigosas, colocando em risco a saúde de quem for enganado. *** Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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