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| - “Abram a pestana” é o aviso deixado num post publicado no Facebook que se tornou viral e no qual se indica que estão prestes a ser instalados novos radares em sete troços diferentes espalhados pelo país: Estrada Nacional (EN) 5 em Palmela, EN10 em Vila Franca de Xira, EN101 em Vila Verde, EN 106 em Penafiel, EN109 em Bom Sucesso, Itinerário Complementar (IC) 19 em Sintra e IC8 na Sertã.
O aviso feito pelo utilizador do Facebook é acompanhado por uma imagem que alegadamente explica como funciona “a fiscalização por velocidade média”. Segundo a ilustração, dois radares são instalados em diferentes pontos de uma via para calcular a velocidade média de um veículo durante o trecho abrangido pelo sistema e o tempo gasto pelo mesmo no percurso monitorizado. Deste modo, alega-se, é possível identificar “veículos em velocidade acima do permitido” e o “fluxo de trânsito no local”.
São estas informações verdadeiras? Verificação de factos.
No 31 de julho foi anunciado o aumento do número de locais de controlo de velocidade (LCV) do SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). De acordo com o comunicado emitido por este organismo tutelado pelo Ministério da Administração Interna, os novos 50 LCV “serão equipados rotativamente com 30 novos radares – 10 que permitem o controlo de velocidade média entre dois pontos e 20 que apenas permitem o controlo da velocidade instantânea”.
Estes novos radares, adianta a ANRS, introduzirão em Portugal “o controlo de velocidade média entre dois pontos, e a capacidade para medir, em simultâneo, a velocidade de vários veículos, mesmo nos casos em que estes circulam lado a lado ou a uma distância inadequada entre si”.
Ao Polígrafo, a ANRS explica que na base da escolha para os diferentes tipos de radares estão os acidentes rodoviários. O recurso à medição da velocidade instantânea tem aplicação em locais de pequena extensão, ou seja, sítios concretos “onde há uma grande concentração de acidentes”. Por outro lado, a fiscalização da velocidade com recurso à medição da velocidade média tem “aplicação em troços de estrada em que exista uma maior densidade de acidentes ao longo da respetiva extensão”. Além disso, foi também tido em conta que a velocidade excessiva era uma das causas para essa taxa de sinistralidade.
Ao Polígrafo, a ANRS explica que na base da escolha para os diferentes tipos de radares estão os acidentes rodoviários. O recurso à medição da velocidade instantânea tem aplicação em locais de pequena extensão, ou seja, sítios concretos “onde há uma grande concentração de acidentes”.
No comunicado emitido pela ANSR diz-se igualmente que a EN5 em Palmela, a EN10 em Vila Franca de Xira, a EN101 em Vila Verde, a EN 106 em Penafiel, a EN109 em Bom Sucesso, o IC 19 em Sintra e IC8 na Sertã são, “entre outros, os locais para a instalação dos novos radares”.
A ANSR irá lançar um concurso público para a aquisição, instalação e manutenção dos novos equipamentos. Como foi contado ao Polígrafo aquando de esclarecimentos sobre o troço da EN10, a previsão da ANSR aponta para que o concurso seja lançado ainda em 2020 e para que “o início da execução do contrato que daí resulte ocorra em 2021”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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