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| - “As exportações de petróleo dos portos russos com destino aos Estados-Membros da União Europeia, que historicamente têm sido os maiores compradores de crude russo, subiram para uma média de 1,6 milhões de barris por dia até abril, segundo a TankerTrackers.com. As exportações caíram para 1,3 milhões por dia em março, após a invasão da Ucrânia. Dados semelhantes da Kpler, outro fornecedor de dados de mercadorias, mostraram que os fluxos subiram para 1,3 milhões por dia em abril, de 1 milhão em meados de março”, destaca publicação de 22 de abril, no Facebook.
“O petróleo proveniente dos portos russos está a ser cada vez mais enviado com o seu destino desconhecido. Em abril, até agora, mais de 11,1 milhões de barris foram carregados em petroleiros sem uma rota planeada, mais do que em qualquer país, de acordo com TankerTrackers.com (…) A utilização do rótulo ‘destino desconhecido’ é um sinal de que o petróleo está a ser levado para navios maiores no alto mar e descarregado, segundo analistas e ‘traders’. O crude russo é então misturado com a carga do navio, confundindo a sua origem. Esta é uma prática antiga que permitiu exportar de países sancionados como o Irão e a Venezuela”, informa o mesmo post.
Os factos foram relatados pelo “The Wall Street Journal“, num artigo de 21 de abril, que mostra que “a Rússia aumentou o fornecimento de petróleo para os principais clientes nas últimas semanas” através de um “método de entrega cada vez mais popular: navios tanque marcados com ‘destino desconhecido'”.
O restante conteúdo do artigo é semelhante ao divulgado na publicação em análise, contendo dados do portal online TankerTrackers.com: “As exportações de petróleo dos portos russos com destino aos estados membros da União Europeia (UE) subiram para uma média de 1,6 milhão de barris por dia até ao mês de abril, segundo a TankerTrackers.com. As exportações caíram para 1,3 milhões por dia em março, após a invasão da Ucrânia. Dados semelhantes da Kpler, outro fornecedor de dados de mercadorias, mostraram que os fluxos aumentaram para 1,3 milhões por dia em abril, relativamente ao 1 milhão registado em meados de março”.
Para “obscurecer” a origem deste petróleo, lê-se no mesmo artigo, está a ser criado um “mercado opaco” e “os compradores de petróleo estão preocupados com o risco de manchar a reputação ao negociarem petróleo que está a financiar um governo que os líderes ocidentais acusam de praticar crimes de guerra”.
Mas, afinal, o que faz com que o petróleo dos portos russos possa embarcar com destino desconhecido?
“O uso do rótulo de destino desconhecido é um sinal de que o petróleo está a ser levado para navios maiores e descarregado no alto mar, dizem analistas e comerciantes. O petróleo russo é, então, misturado com a carga do navio. Esta é uma prática antiga que possibilitou exportações de países sancionados como o Irão e a Venezuela”.
Tanto os Estados Unidos como o Reino Unido o Canadá ou a Austrália “proibiram as importações de petróleo russo”, mas é a União Europeia a “mais dependente da energia russa, importando 27% do seu petróleo”. Por esse motivo, “os líderes europeus debateram a possibilidade de impor um embargo também, mas ainda não agiram, já que equilibram o desejo de isolar a Rússia com o de não infligir dor às suas próprias economias“.
Ainda que esta técnica esteja a ser utilizada, o artigo do jornal norte-americano nota que “grande parte do petróleo da Rússia ainda está a ser embarcado com destinos claros nos documentos de embarque. Os barris com destino à Roménia, Estónia, Grécia e Bulgária mais do que dobraram este mês, em comparação com as médias de março. Os volumes também aumentaram substancialmente para os Países Baixos, o maior comprador na Europa, e para a Finlândia”.
“O facto de estes países estarem a comprar mais do que antes da invasão sugere que não é apenas por causa de contratos de longo prazo”, afirmou ao jornal Simon Johnson, professor de economia do MIT e ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional. Isto porquê? Porque se trata também de “energia barata”.
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Avaliação do Polígrafo:
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