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  • “É polémico, mas é verdade. Você não pode tomar, beber este alimento. Eu não posso deixar este assunto em branco quando sei que isto interfere com a sua saúde”, destaca-se numa publicação datada de junho de 2022, mas que continua a ser repartilhada e difundida. Consiste num vídeo em que um alegado especialista fala sobre o assunto. Trata-se de Rodrigo Ayoub, que se descreve como médico ortomolecular (uma prática de medicina alternativa) nas redes sociais e cujos métodos se focam no emagrecimento. Entre as alegações de Ayoub, indica-se que tem existido um “aumento exponencial” de risco de “cancro da próstata e cancro da mama” e que isso se deve ao consumo de leite de origem animal. Mais, aponta-se que a retirada da lactose do leite “não resolve o problema” porque envolve químicos para tirar este “açúcar do leite”. Mas o que dizem os especialistas em nutrição? Num artigo publicado no site do grupo Lusíadas, a Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Porto refere o seguinte: “Se uma pessoa tolerar bem o leite, se não lhe causar qualquer problema de digestibilidade, deve consumi-lo. O leite tem cálcio e vitamina D que servem para mantermos os nossos ossos saudáveis”. Mais se detalha que “o leite de vaca é, não só mais rico ao nível do teor de proteína, como é o único que contém naturalmente presentes cálcio e vitamina B12”. Não se descarta, no entanto, que as bebidas de origem vegetal também possuam, de um modo geral, “valores equivalentes de vitaminas e minerais, uma vez que são submetidas a um processo de suplementação”. Contactada pelo Polígrafo, a Ordem dos Nutricionistas indica que “de acordo com a evidência científica, os benefícios do consumo de leite parecem ser maiores que os malefícios associados ao seu não consumo, devendo ser um alimento consumido, de forma equilibrada, num padrão alimentar saudável, por quem o aprecia e não tem intolerância à lactose, nem alergia à proteína do leite de vaca”. Relativamente à lactose, o nutricionista Pedro Carvalho explica o que está errado na alegação presente no vídeo. “Nem a lactose é um problema (apenas para aqueles têm intolerância à lactose), nem ela é retirada do leite. O leite sem lactose, sofre um processo de ‘digestão’ prévia (semelhante ao que aconteceria no nosso intestino), onde essa lactose é desdobrada em glicose e galactose (os dois açúcares provenientes da quebra da lactose). O leite fica com a mesma quantidade de açúcar, sem lactose e neste processo não é utilizado nenhum ‘químico’, apenas a enzima lactase (aquela que está em falta nos intolerantes)”, começa por apontar o especialista. “É a mesma coisa que acontece quando os intolerantes tomam a lactase em comprimidos (Lisolac ou Lactease disponível nas farmácias), quando querem ingerir produtos com lactose e não terem os sintomas”, conclui. Carvalho destaca ainda um artigo presente no site Intolerância à Lactose que explica como é produzido o leite sem lactose. Quanto à referência de que o consumo de leite possa estar associado a um aumento do risco de cancro, o Polígrafo identificou na Cancer Research UK, a maior organização independente de investigação dedicada ao cancro do mundo, um artigo sobre os maiores mitos ligados à doença. “Leite e derivados podem causar cancro?” é a pergunta de partida do artigo. Em resposta indica-se: “Não há evidências suficientes para provar que leite ou laticínios possam causar cancro”. Mais, “comer e beber leite e produtos lácteos pode reduzir o risco de cancro de intestino”, destaca ainda o artigo. A propósito do cancro da próstata, afirma-se que “a investigação não provou se os laticínios ou cálcio têm um efeito direto no risco de cancro da próstata”. “Existem alguns estudos que encontraram um risco aumentado em pessoas que consomem grandes quantidades de laticínios. Mas não há boas evidências suficientes para isso. É difícil medir quantos laticínios as pessoas comem durante um longo período de tempo. E pode haver outros fatores diferentes em pessoas que comem e bebem muitos laticínios. Não está claro se são os laticínios que aumentam o risco de cancro de próstata nos estudos atuais”, esclarece a organização. Também no cancro da mama “não há evidências boas e consistentes de que leite e produtos lácteos possam causar” a doença. “Alguns estudos descobriram que os laticínios podem aumentar o risco de cancro de mama. Enquanto outros descobriram que pode diminuir o risco de cancro de mama. Precisamos de mais estudos de alta qualidade para entender se existe uma ligação”, conclui-se. _____________________________ Avaliação do Polígrafo:
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