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| - “Meus caros cidadãos portugueses. Como sabem, e estão a assistir, através dos meios de comunicação convencionais, está iminente um ataque à Ucrânia. Nesse âmbito, a Rússia e China poderão perpetuar ataques informáticos aos membros da NATO e Europa, onde Portugal é membro dessas duas organizações. Os sistemas informáticos poderão falhar, as redes sociais que usam no dia-a-dia poderão deixar de funcionar, tal como outros serviços onde estão dependentes de computadores e Internet”, lê-se na imagem do comunicado – atribuído ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa – que está a circular na plataforma WhatsApp.
“A população portuguesa deve manter-se calma e não entrar em pânico. O Governo de Portugal em conjunto com as suas forças de segurança públicas, que protegem o país e os cidadãos portugueses em conjunto com a comunidade europeia e a NATO, num esforço conjunto vão minimizar os danos causados por ciberataques, ou outros que possam surgir por terra, mar ou ar. Mais uma vez, apelo à calma em caso de ciberataque, a população deve manter-se calma e deixar as forças de autoridade atuar”, conclui-se.
Este comunicado é autêntico?
Em primeiro lugar, existem vários elementos do texto em análise que indiciam ser falso. A falta de rigor na escrita, por entre alguns erros gramaticais, apontam nesse sentido. Mais, no final do texto, junto à assinatura do Presidente da República, indica-se a data da publicação do comunicado: 17 de fevereiro de 2021. Também este lapso no ano constitui um indício de que estamos perante uma falsificação.
Por outro lado, na página institucional da Presidência da República, onde são publicadas diariamente todas as comunicações oficiais de Marcelo Rebelo de Sousa, não encontramos qualquer registo do texto em causa.
Questionada pelo Polígrafo, fonte oficial da Presidência da República confirma a falsidade do comunicado que está a ser partilhado nas redes sociais.
No dia 24 de fevereiro, na sequência da invasão da Ucrânia por forças militares da Rússia, o Presidente da República Portuguesa e Comandante Supremo das Forças Armadas convocou o Conselho Superior de Defesa Nacional (emitindo uma nota oficial sobre essa iniciativa). Nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, Rebelo de Sousa assumiu uma “condenação muito, muito veemente daquilo que está a ser a conduta da Federação Russa”.
“O Presidente da República, em consonância com o Governo, condena veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa e apoia a declaração do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressando total solidariedade com o Estado e o povo da Ucrânia“, destaca-se no respetivo comunicado oficial.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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