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  • “‘Deus, Pátria e Família’. Ao receber o coração de D. Pedro I [Sic] em cerimónia no Palácio do Planalto na última terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro repetiu a frase que foi lema de ditadura do Estado Novo em Portugal”, escreveu um utilizador do Twitter esta quinta-feira, 25 de agosto, a propósito da cerimónia que juntou Jair Bolsonaro ao presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira. O coração de D. Pedro chegou esta segunda-feira ao Palácio do Planalto, em Brasília, de Rolls-Royce. Teve direito a aviões da Força Aérea brasileira, a salvas de canhão e ao hino nacional. Mas não só. No breve discurso que protagonizou, Jair Bolsonaro, que já se encontra em campanha eleitoral, recordou o conhecido lema do Estado Novo português: “Deus, Pátria e Família.” “Dois países unidos pela História, ligados pelo coração. 200 anos de independência. Pela frente, uma eternidade em liberdade. Deus, pátria, família. Viva Portugal e viva o Brasil”, afirmou o presidente brasileiro, que se encontrava acompanhado pela mulher, Michelle Bolsonaro. Em entrevista à TV Globo, Rui Moreira, autarca portuense, também frisou a importância simbólica, para o Brasil, do “regresso do coração do vosso primeiro imperador D. Pedro”: “É muito importante também para Portugal porque foi uma figura crucial na afirmação da liberdade em Portugal e para a cidade do Porto que eu aqui represento, porque foi ele também que nos libertou dos jugos que tínhamos e foi considerado pela população do Porto como rei soldado.” Depois da cerimónia, o coração seguiu para o Palácio Itamaraty, onde irá permanecer até às comemorações do bicentenário da independência do país, a 7 de setembro, voltando para o Porto no dia seguinte. Ainda assim, o que ficou das celebrações foi a frase de Bolsonaro, alegadamente recuperada de Salazar. Esta não foi a primeira vez em que o político brasileiro recorreu ao lema, mas a História mostra que o próprio Salazar foi buscar os três termos a Afonso Pena, escritor e político brasileiro. Num estudo de 2009, a propósito do lema “‘Deus, Pátria e Família’ na literatura da pós-modernidade”, Carlos Manuel da Silva Marques lembrou que esta expressão “foi de facto foi proferida por Afonso Pena, escritor e político brasileiro. O Dr. Oliveira Salazar conheceu esta frase quando aceitou o lugar de Prefeito e Professor no Colégio de Via Sacra em Viseu a convite do Cónego António Barreiros. Inscrita num quadro de seda com letras bordadas, havia de servir de inspiração às grandes linhas de pensamento na condução da governação”. Segundo Silva Marques, “Afonso Pena dizia que a vida se exprimia em quatro palavras: ‘Deus, Pátria, Liberdade, Família'”, desdobrando um a um os conceitos: “Defendamos a família, relicário de amor sustentado pelas mãos trémulas dos nossos pais. Defendamos a Pátria, que consubstancia as nossas glórias de outrora, a Pátria que é bela, porque é a mãe de todos nós. Defendamos Deus da ignorância e do atrevimento, porque Deus é a suprema aspiração da alma humana, o grande mistério que ilumina as regiões do Além. Defendamos a Família, defendamos a Pátria, defendamos Deus pela Liberdade.” Ainda que seja esta a origem histórica da expressão, a verdade é que foi Oliveira de Salazar que a materializou durante o Estado Novo, que comandou durante 36 anos. Este lema foi ainda partilhado com o movimento de extrema-direita brasileiro “Ação Integralista Brasileira” (AIB), e já foi recuperado por Bolsonaro mais do que uma vez. Numa visita à Hungria em fevereiro deste ano, por exemplo, Bolsonaro afirmou, ao lado de Viktor Orbán, que as duas nações tinham em comum a “comunhão de valores” no que diz respeito a “Deus, pátria, família e liberdade”. Dois meses depois, no final de um discurso à margem da abertura oficial da 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, Bolsonaro voltou a referir: “Trabalhamos em conjunto, queremos o bem do nosso Brasil e, como disse, não existe satisfação melhor do que bem servir àqueles que votam na gente. A todos vocês, muito obrigado pelo apoio, consideração e pelo carinho. Deus, pátria, família.”
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