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| - Não é verdade que Maricélia Pereira Leal, assassinada em novembro do ano passado em Itacoatiara (AM), foi morta depois de denunciar casos de abuso sexual infantil na Ilha de Marajó (PA), como afirmam peças de desinformação nas redes. Na realidade, a vítima foi atacada depois de afirmar em entrevista a um canal local de televisão que estava sendo ameaçada por um homem que a havia roubado.
Os posts enganosos acumulavam mais de 40 mil visualizações no Kwai e centenas de compartilhamentos no Facebook até a tarde desta segunda-feira (4). As peças de desinformação também circulam no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance dos conteúdos (fale com a Fátima).
Mulher que deu entrevista denunciando os abusos lá no marajó é encontrada morta, quem será que mandou matar como fez com Celso Daniel?
Um crime ocorrido em novembro do ano passado em Itacoatiara (AM) tem sido descontextualizado nas redes para fazer crer que a vítima teria sido morta após denunciar casos de abuso sexual infantil na Ilha de Marajó. As peças distorcem um vídeo publicado pelo canal Portal LCJ no qual não há nenhuma menção ao arquipélago paraense.
A gravação noticia o assassinato de Maricélia Pereira Leal, conhecida como Macuxi. Segundo a imprensa local, a mulher foi vítima de um assalto em 23 de novembro daquele ano, e o ladrão a ameaçou de morte. Leal, então, registrou um boletim de ocorrência na delegacia da cidade e chegou a conceder uma entrevista ao Portal LCJ no mesmo dia. No dia 25, no entanto, o assaltante invadiu sua casa e a matou.
Cerca de um mês depois, a Polícia Civil da cidade prendeu o suspeito pelo homicídio. Em fevereiro deste ano, os policiais prenderam outro homem suspeito de ser o mandante do assassinato.
A exploração sexual de crianças e adolescentes na Ilha de Marajó voltou a ser assunto nas redes depois de a cantora gospel Aymeê Rocha fazer menção ao crime durante uma apresentação em um reality show no YouTube. Junto de sua fala e de relatos reais sobre abuso infantil na região, passaram a viralizar nas redes peças de desinformação e uma denúncia sem provas feita em 2022 pela senadora Damares Alves (Republicanos).
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