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| - “PRR socialista. Primeiras verbas aprovadas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Incrível aquilo que o PS considera prioritário! Estamos numa fase em que o crescimento deveria ser a palavra de ordem! O largo quase maioritário investimento no setor público vai estagnar o país! Famílias, setor social e empresas são deixados completamente para trás”, comenta-se num dos posts que mostra uma representação gráfica dos “beneficiários dos primeiros fundos aprovados no PRR“.
Os dados em causa foram recolhidos a partir do relatório de Ponto de Situação Operacional de 26 de janeiro de 2022, disponível na página “Recuperar Portugal” que providencia informação sobre o desenvolvimento e execução do PRR. Entretanto os dados já foram atualizados até ao dia 2 de fevereiro de 2022 (pode consultar aqui).
Apesar dessa atualização, a escala de desigualdade entre os dois blocos – setor público e escolas de um lado; e famílias, setor social e empresas do outro lado – permanece quase idêntica (ligeiramente superior, em 0,2 pontos percentuais, como já vamos demonstrar de seguida) à que está representada na publicação das redes sociais.
Para o setor público e escolas, como beneficiários diretos e finais, até ao dia 2 de fevereiro já foram aprovados fundos do PRR com um valor total de 3.851 milhões de euros. Mais especificamente: 1.706 milhões de euros para entidades públicas, 1.627 milhões de euros para empresas públicas, 290 milhões de euros para autarquias e áreas metropolitanas e 228 milhões de euros para escolas.
Quanto ao outro bloco de famílias, setor social e empresas, em conjunto ainda só captou 30,1 milhões de euros em fundos do PRR. Mais especificamente: 29 milhões de euros para famílias, um milhão de euros para instituições da economia solidária e social e 100 mil euros para empresas.
Do total de 3.881 milhões de euros em fundos do PRR já aprovados, cerca de 99,2% vai para o setor público e escolas, cabendo às famílias, setor social e empresas apenas cerca de 0,8%, de acordo com o relatório de Ponto de Situação Operacional atualizado até ao dia 2 de fevereiro, voltamos a sublinhar.
Sim, confirma-se que mais de “99% dos primeiros fundos aprovados no PRR vão para o setor público”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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