About: http://data.cimple.eu/claim-review/f6c5c5bd87db4596a479b50af74b3839f32066c6f5d38a669efe5fea     Goto   Sponge   NotDistinct   Permalink

An Entity of Type : schema:ClaimReview, within Data Space : data.cimple.eu associated with source document(s)

AttributesValues
rdf:type
http://data.cimple...lizedReviewRating
schema:url
schema:text
  • É enganoso post de Carlos Bolsonaro que acusa Dino de defender cloroquina É enganoso um tuíte de Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República e vereador pelo Rio de Janeiro, afirmando que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), é defensor da hidroxicloroquina no tratamento contra a covid-19. Na postagem, Carlos usa um trecho editado de uma fala de Dino para argumentar que ele teria "posicionamento favorável quanto à hidroxicloroquina". O Comprova encontrou a íntegra da declaração do governador do Maranhão, feita em maio de 2020, e verificou que Dino, na ocasião, defendia que os médicos tivessem liberdade para ministrar medicamentos para o tratamento da doença, inclusive a hidroxicloroquina, se fosse o caso. No tuíte verificado, do dia 22 de abril deste ano, Carlos Bolsonaro indaga se a CPI da Covid, instaurada no Senado, vai investigar Flávio Dino. "Mais uma questão: será que a CPI do Covid investigará o governador Dino (PCdoB/MA) sobre o posicionamento favorável quanto à hidroxicloroquina? Esse tipo de questão não é mostrado por ai", questiona o vereador. A fala do vereador se refere ao fato de que os incentivos de Jair Bolsonaro e de seu governo ao uso da hidroxicloroquina e da cloroquina, substâncias cuja ineficácia contra a covid-19 já foi comprovada serão investigados pelos senadores. A fala de Flávio Dino destacada por Carlos Bolsonaro é um trecho de uma entrevista concedida pelo governador do Maranhão ao jornal JMTV 2ª Edição, da TV Mirante, afiliada à TV Globo, em maio de 2020. No tuíte de Carlos Bolsonaro, além de a fala não aparecer na íntegra, não consta a data em que a entrevista foi gravada. Como verificamos? O Comprova buscou o Governo do Maranhão por e-mail para tentar esclarecer qual é - e qual já foi - o posicionamento de Dino e da administração estadual em relação aos medicamentos no contexto do enfrentamento à covid-19. Os endereços do gabinete do governador e da Secretaria de Estado da Comunicação Social (Secom) foram acionados por esta reportagem. A íntegra da entrevista de Dino ao JMTV 2ª Edição foi encontrada no site Globoplay, o serviço de streaming da Rede Globo. Também procuramos o gabinete do vereador Carlos Bolsonaro para esclarecer o teor do tuíte publicado por ele, mas não obtivemos resposta. O Comprova fez esta verificação com base em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a covid-19 disponíveis no dia 30 de abril de 2021. Verificação Em 19 de maio de 2020, ainda no início da pandemia, o programa "Bom Dia, Mirante" retransmitiu a entrevista de Flávio Dino concedida na noite anterior ao JMTV 2ª Edição, da mesma emissora. O apresentador do "Bom Dia Mirante", Soares Júnior, anuncia a reprodução da entrevista ocorrida um dia antes. A data exata da entrevista de Dino ao JMTV 2ª Edição, portanto, é 18 de maio de 2020. No mesmo dia, o Maranhão contabilizava 72 casos suspeitos de covid-19, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde do estado (SES). Na ocasião, estava em curso um debate a respeito da utilização da hidroxicloroquina como tratamento para a doença. O presidente Jair Bolsonaro insistia no uso do medicamento, posição que serviu como um dos motivadores para as demissões de dois ministros da Saúde - Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich - que deixaram a pasta em 16 de abril e 15 de maio, respectivamente. Um dos temas da entrevista com Flávio Dino era a politização da cloroquina e da hidroxicloroquina. Dino disse ao JMTV 2ª Edição que a cloroquina poderia ser receitada no Estado. "Nós sempre oferecemos aos médicos a oportunidade de receitar cloroquina, azitromicina, ivermectina, todos esses remédios, kóide-D, todos esses remédios que experimentalmente têm sido vistos por alguns profissionais como eficazes", afirmou. O tuíte verificado aqui traz uma parte justamente desse trecho para afirmar que Dino é favorável à cloroquina. O tuíte omite, porém, o restante da fala do governador do Maranhão. Na sequência da resposta, Dino afirma que "infelizmente eu não sou médico, quem decide qual o remédio que, concretamente, o médico vai dar para cada paciente" e completa afirmando: "Se o médico achar necessário administrar o medicamento, ele será administrado. Se o médico não considerar cabível, ou que há riscos para os pacientes, é claro que não serei eu nem nenhuma autoridade externa que vai influenciar no conteúdo do trabalho do médico". A posição de Dino naquele momento era, portanto, de dar liberdade aos médicos para escolher o tratamento. Bolsonaro, por sua vez, defendia abertamente o uso da cloroquina, inclusive para pacientes com sintomas leves. Em nota ao Comprova, a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão confirmou que a hidroxicloroquina "foi utilizada em pacientes com covid-19 na rede estadual por decisão médica em ambiente hospitalar até o fim de maio de 2020." A SES também afirmou ter deixado sob critério dos médicos a recomendação a respeito do uso de medicamentos, inclusive ivermectina e cloroquina. A reportagem do Comprova questionou se o posicionamento expressado no ano passado foi revisto pela gestão estadual. A SES afirmou que médicos infectologistas do Maranhão já "emitiram protocolo onde não recomenda o uso da cloroquina/hidroxicloroquina para tratamento dos casos da covid-19." De fato, uma "Diretriz de Atendimento" para pacientes com síndrome respiratória aguda infecciosa publicada em junho de 2020 mostra que neste momento o Governo do Maranhão já orientava contra a utilização da hidroxicloroquina. O órgão destaca no documento que a hidroxicloroquina, ivermectina e outros medicamentos "não demonstraram benefício em pacientes internados, com aumento do risco de complicações cardiológicas". Portanto, seu uso não é mais recomendado para o suposto "tratamento precoce" da covid-19. O suposto tratamento, advogado pelo governo de Jair Bolsonaro em diversas ocasiões, seria a causa de graves problemas no fígado em pacientes que o adotaram, alguns dos quais passaram a precisar de transplantes. A terceira e mais recente edição da "Diretriz de Atendimento" é do dia 10 de fevereiro de 2021. Nela é possível notar que o Governo do Maranhão mantém seu posicionamento sobre o uso destes medicamentos. O documento afirma que "a utilização de qualquer outra terapia específica para SARS-CoV-2 (hidroxicloroquina, nitaxonizada, ivermectina e afins) só está indicada mediante estudo clínico devidamente comprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa". Por que investigamos? O Comprova verifica conteúdos compartilhados sobre a pandemia de covid-19 no Brasil que tenham muita viralização. Até sexta-feira 30, a postagem de Carlos Bolsonaro contabilizava 7.148 curtidas e 2.259 retuítes na rede social. Desde que foi instaurada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Carlos Bolsonaro tem publicado posts contra governadores adversários do pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também foi criticado por Carlos Bolsonaro numa publicação do mesmo gênero. No Twitter, o filho do presidente afirmou que o tucano era defensor da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate ao vírus, indagando se a CPI também iria inquiri-lo. Cloroquina e hidroxicloroquina são drogas propagadas por grupos políticos como eficazes no tratamento da covid-19, a despeito de já terem sido rechaçadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que encerrou estudos com a cloroquina, e por outras autoridades sanitárias. Estes fármacos são parte de um receituário falsamente propagado como "tratamento precoce" para a infecção. O conceito inexiste na literatura científica. Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações. *O material foi produzido por O Estado de S. Paulo e O Povo, e revisado por UOL, Band e BandNews FM. Todos os veículos integram o Projeto Comprova. O Comprova é um projeto integrado por 40 veículos de imprensa brasileiros que descobre, investiga e explica informações suspeitas sobre políticas públicas, eleições presidenciais e a pandemia de covid-19 compartilhadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens. Envie sua sugestão de verificação pelo WhatsApp no número 11 97045 4984. ID: {{comments.info.id}} URL: {{comments.info.url}} Ocorreu um erro ao carregar os comentários. Por favor, tente novamente mais tarde. {{comments.total}} Comentário {{comments.total}} Comentários Seja o primeiro a comentar Essa discussão está encerrada Não é possivel enviar novos comentários. Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar. Só assinantes do UOL podem comentar Ainda não é assinante? Assine já. Se você já é assinante do UOL, faça seu login. O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.
schema:mentions
schema:reviewRating
schema:author
schema:datePublished
schema:inLanguage
  • Portuguese
schema:itemReviewed
Faceted Search & Find service v1.16.115 as of Oct 09 2023


Alternative Linked Data Documents: ODE     Content Formats:   [cxml] [csv]     RDF   [text] [turtle] [ld+json] [rdf+json] [rdf+xml]     ODATA   [atom+xml] [odata+json]     Microdata   [microdata+json] [html]    About   
This material is Open Knowledge   W3C Semantic Web Technology [RDF Data] Valid XHTML + RDFa
OpenLink Virtuoso version 07.20.3238 as of Jul 16 2024, on Linux (x86_64-pc-linux-musl), Single-Server Edition (126 GB total memory, 5 GB memory in use)
Data on this page belongs to its respective rights holders.
Virtuoso Faceted Browser Copyright © 2009-2025 OpenLink Software