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| - Numa imagem partilhada no Facebook apresenta-se uma fotografia de uma embarcação da Guarda Nacional Republicana (GNR), com o nome “Bojador”. “Bojador, da GNR, em terra, com hélices partidas e veios empenados, implicando reparação de mais de 500.000 euros“, lê-se na publicação de 17 de setembro.
As alegações são verdadeiras?
Contactada pelo Polígrafo, fonte oficial da Guarda Nacional Republicana (GNR) garante que “a informação apresentada não corresponde à verdade, desde logo pelo facto de a Lancha de Patrulhamento Costeiro – ‘Bojador’ encontrar-se atualmente na doca em Lisboa”.
A GNR acrescenta que, de facto, a embarcação “esteve em estaleiro, no Seixal, onde foi submetida a uma avaliação de possíveis danos que possam ter ocorrido na sequência do incidente do passado dia 1 de setembro, avaliação essa que aguarda resultados da perícia da empresa que construiu a embarcação, pelo que os valores constantes no post em análise não correspondem à verdade“.
A embarcação “esteve em estaleiro, no Seixal, onde foi submetida a uma avaliação de possíveis danos que possam ter ocorrido na sequência do incidente do passado dia 1 de setembro, avaliação essa que aguarda resultados da perícia da empresa que construiu a embarcação, pelo que os valores constantes no post em análise não correspondem à verdade”.
Logo no primeiro dia de setembro, a GNR informou, em comunicado, que “a Lancha de Patrulhamento Costeiro – ‘Bojador’, na sequência de uma ação de patrulha, pelas 14h30, encalhou na zona da praia de Carcavelos” e que ainda era prematuro “avançar com as causas da ocorrência”. Garantiu ainda que seria aberto um inquérito “para apuramento das causas e circunstâncias da situação”.
No dia seguinte, a Guarda Nacional Republicana garantiu que “a Lancha de Patrulhamento Costeiro – ‘Bojador’, foi retirada em segurança”. “Durante a tarde, na sequência da inspeção efetuada, não foram identificados danos estruturais na embarcação, pelo que, após subida da maré, e ainda antes de se atingir a preia-mar, foi conseguida a estabilização da embarcação, tendo sido possível retirá-la em segurança”, esclareceu-se no mesmo comunicado. A autoridade revelou ainda que iria existir “uma avaliação do estado da embarcação“.
“Durante a tarde, na sequência da inspeção efetuada, não foram identificados danos estruturais na embarcação, pelo que, após subida da maré, e ainda antes de se atingir a preia-mar, foi conseguida a estabilização da embarcação, tendo sido possível retirá-la em segurança”.
“Esta embarcação trata-se de uma lancha de Patrulhamento Costeiro da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, unidade especializada que, nos termos do artigo 40.º da Lei n.º 63/2007, de 6 de novembro, é responsável pelo cumprimento da missão da Guarda em toda a extensão da costa e no mar territorial, com competências específicas de vigilância, patrulhamento e interceção terrestre ou marítima em toda a costa e mar territorial do continente e das Regiões Autónomas, competindo-lhe, ainda, gerir e operar o Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC), distribuído ao longo da orla marítima”, descreveu a GNR.
Em suma, a publicação relata informação falsa. Ainda que seja verdade que a embarcação sofreu um acidente, os valores apresentados não têm fundamento, visto que a avaliação dos possíveis estragos ainda não foi concluída.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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