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  • Circula nas redes sociais uma publicação que alega que o Papa Francisco nomeou o filho do investidor húngaro George Soros como cardeal. “Segurem-se, pois tem muito mais coisas chegando”, adverte a publicação logo no início. “O Papa Francisco nomeou o filho do magnata George Soros como cardeal. Alex Soros, 37 anos, herdeiro bilionário, será cardeal diácono da Igreja Católica.” “A notícia, caiu como uma bomba nas fábricas de fofocas do Vaticano, nas quais se profetiza uma terrível cisma que abalará os próprios alicerces do numeroso colégio de cardeais criado pelo Papa nos últimos consistórios”, acrescenta a publicação, que termina com uma questão: “Restou alguém com dúvidas sobre o futuro da Igreja Católica?” Trata-se, contudo, de uma publicação falsa: Alex Soros, que é o atual presidente da Open Society Foundations, a rede filantrópica criada por Soros, não é clérigo da Igreja Católica e não foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco. Uma das publicações vistas pelo Observador incluía aquilo que aparenta ser uma captura de ecrã de uma suposta “notícia” que dá conta da nomeação. Outras versões da mesma publicação incluem textos maiores, incluindo algumas informações verdadeiras sobre o que é um cardeal e o que é o Colégio Cardinalício, mas reiterando a ideia de que Francisco escolheu Alex Soros, de 37 anos, como cardeal. Outra das publicações inclui até uma fotografia de Alex Soros a cumprimentar o Papa Francisco. A imagem aparenta ter sido captada em julho do ano passado, quando o Papa recebeu no Vaticano o antigo Presidente dos EUA Bill Clinton, que foi acompanhado de uma delegação com vários empresários norte-americanos, incluindo Alex Soros, como noticiaram na altura vários meios de comunicação social. Os cardeais, como diz — corretamente — um excerto de uma das publicações, são membros do clero católico que constituem um “colégio peculiar, a quem compete providenciar a eleição do Romano Pontífice”. São escolhidos diretamente pelo Papa, quase sempre de entre os bispos, mas também podem ser escolhidos padres (que, habitualmente, são posteriormente ordenados bispos). A nomeação cardinalícia, por norma, não está associada a uma mudança nas funções. Basta pensar, por exemplo, no atual bispo de Setúbal, Américo Aguiar, que foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco: as suas funções são as de bispo de Setúbal (que seriam iguais se não fosse cardeal), mas Américo Aguiar pertence também ao Colégio Cardinalício, sendo um conselheiro próximo do Papa e tendo um lugar no conclave que há de eleger o sucessor de Francisco. Outro exemplo clássico em Portugal é o do patriarca de Lisboa, que em razão de uma tradição histórica tem sempre sido nomeado cardeal. Porém, o atual patriarca, Rui Valério, nomeado no verão de 2023 para o lugar, ainda não foi nomeado cardeal por Francisco. No trono papal há dez anos, o Papa Francisco já levou a cabo nove consistórios para a nomeação de novos cardeais — basicamente, um novo conjunto de cardeais todos os anos, exceto em 2021. Durante o seu pontificado, Francisco já nomeou mais de uma centena de cardeais (incluindo quatro portugueses, Manuel Clemente, António Marto, Tolentino Mendonça e Américo Aguiar). A lista completa com os dados biográficos dos cardeais vivos (incluindo os eleitores, com menos de 80 anos de idade, e os não-eleitores, com mais de 80 anos) está disponível na página do Vaticano, bastando consultá-la para perceber rapidamente que não há qualquer registo de Alex Soros. Por outro lado, o último consistório do Papa Francisco foi anunciado em julho de 2023 e visou 18 novos cardeais eleitores (incluindo Américo Aguiar) e três não-eleitores. O Observador publicou a lista completa dos nomes, que obviamente não inclui o nome de Alex Soros. Conclusão É manifestamente falso que Alex Soros, o filho do investidor George Soros, tenha sido nomeado cardeal pelo Papa Francisco. Basta consultar a lista dos cardeais disponível na página do Vaticano para perceber que o seu nome não consta dela, ou consultar as listas de nomeações cardinalícias publicadas pelo Vaticano ao longo da última década para chegar à mesma conclusão. Aliás, Alex Soros nem sequer é membro do clero católico. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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