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  • É falso que um vídeo em que diversas crianças aparecem dentro de um carro mostre tráfico de crianças na Ilha do Marajó, no Pará. Também é falso que um vídeo em que um homem beija uma criança dentro de um barco tenha sido gravado na região. A filmagem foi feita em Mato Grosso do Sul. O que diz o post Uma publicação no Instagram mistura dois vídeos e sugere que estariam relacionados a casos de tráfico humano e exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará. Por que é falso Crianças dentro de um carro ocorreu no Uzbequistão, e não na Ilha do Marajó. O vídeo foi gravado no país asiático em 2023 e mostra o carro de uma professora do ensino primário que levava alunos para casa. Ela foi presa acusada de direção perigosa (leia aqui). Esse vídeo já foi desmentido pelo UOL Confere em outubro de 2023 quando foi atribuído a tráfico de crianças, mas sem indicação do local (leia a checagem aqui). O outro vídeo usado na publicação mostra, de fato, um caso de suspeita de abuso contra uma criança, mas não no Pará. Um homem de 41 anos foi filmado beijando uma menina de 6 anos na boca durante um passeio no rio Paraná (MS), em novembro de 2021 (veja aqui e aqui). O homem foi assassinado horas depois de prestar depoimento na delegacia. A mãe da criança disse ter feito o vídeo e também foi investigada. Ela e o homem tinham um relacionamento (aqui). Ilha do Marajó O assunto ficou entre os temas mais comentados nas redes sociais nos últimos dias. O motivo foi a repercussão do vídeo da participante Aymeê em um reallity show gospel. Ela cantou uma música que citava casos de abuso no arquipélago. A suposta denúncia mobilizou diversos influenciadores nas redes sociais. Nesta quinta-feira (22/02), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) voltou a associar a Ilha do Marajó à pedofilia (aqui). Enquanto era ministra do governo Bolsonaro, Damares fez uma série de denúncias sem provas sobre casos de abusos sexuais na região. Ela disse que crianças tinham os dentes arrancados para sexo oral (aqui). Por causa disso, o MPF ajuizou uma ação civil pública contra a ex-ministra (aqui). Depois da repercussão do vídeo da cantora Aymeê, uma série de publicações nas redes sociais passaram a usar vídeos não relacionados ao caso para repercutir o assunto de forma enganosa. Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br. Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.
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