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| - “‘Portuguesito’. Claramente, demos confiança a mais a esta gente. Uma população branda, habituada a bajular figuras de autoridade – a quem basta vestir uma farda ou por uma boa gravata – paga agora o preço da sua própria passividade. Mas um dia tudo muda e, como dizia Victor Hugo: ‘Cuidado com a primeira cabeça que rola. Ela abre o apetite ao povo.’ A refundação da Nação Portuguesa, tão falada pelo nosso Dr. Rui, guardará um lugar muito especial para indivíduos como este”, lê-se na descrição de uma publicação no Facebook, datada de 5 de julho.
A imagem divulgada no post assemelha-se, no aspeto gráfico, a um título do Jornal Expresso. No entanto, trata-se de conteúdo falso.
Não existe qualquer registo, em meios de comunicação ou outras fontes, da afirmação citada na publicação.
Contactada pelo Polígrafo, fonte oficial da task force “confirma que o Sr. Vice-almirante Gouveia e Melo não proferiu essa ou qualquer afirmação semelhante”.
A imagem do post em análise foi manipulada a partir de um artigo do Expresso, de 26 de junho de 2021. O verdadeiro título da notícia é: “Gouveia e Melo: ‘Nos exercícios da NATO ataco os ingleses, porque lhes quero tirar o snobismo. Não gosto de snobes’, diz. E ri-se.”
No dia 2 de julho, foi divulgado que um milhão de mensagens para agendamentos de vacinação contra a Covid-19 falhou, ou seja, que estas comunicações, feitas diretamente pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), ficaram sem resposta por parte dos utentes.
Na altura, Gouveia e Melo pronunciou-se sobre o assunto, garantindo que “um milhão de comunicações sem resposta não significa que me tenham escapado um milhão de pessoas por vacinar, porque não escaparam”.
Segundo o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, até às 18h00 do dia 27 de junho, os serviços do SNS tinham enviado um total de quatro milhões de SMS a convocar pessoas para receberem a vacina. Em resposta à convocatória, houve três milhões de SMS “Sim” e cerca de 100 mil SMS “Não”. Nos restantes casos, cerca de um milhão de SMS, “não houve contacto de volta da pessoa“.
“O que não significa um milhão de pessoas, uma vez que podem ser enviadas cinco tentativas de SMS para a mesma pessoa”, clarificou o vice-almirante, referindo como possíveis causas para as cerca de um milhão de “comunicações falhadas” números de telefone incorretos ou a não leitura da mensagem pelo utente.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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