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| - “Dinheiro gasto apenas em fogo de artifício por cidade: Lisboa – 650 mil euros; Porto – 125 mil euros; Funchal – 1,8 milhões de euros; Albufeira – 450 mil euros; Guarda – 400 mil euros”.
Esta é a mensagem central da publicação que já acumula centenas de partilhas no Facebook. “Sem contar com iluminação, espetáculos, etc. Somente fogo de artifício”, reforça-se ainda no rodapé.
A publicação em causa foi denunciada como sendo fake news. Confirma-se?
O Polígrafo contactou as câmaras municipais das cinco cidades evocadas na publicação, visando conferir os valores efetivamente despendidos em fogo de artifício nas celebrações da passagem de ano para 2020
Em Lisboa foram despendidos 90 mil euros em fogo de artifício. Fonte oficial da EGEAC – Cultura em Lisboa sublinha que o montante de 650 mil indicado na publicação em análise corresponde ao “valor total do investimento para os três dias de vários concertos do Ano Novo em Lisboa”.
De resto, salienta: “Isto representa um valor quase idêntico ao investimento dos anos anteriores e, tal como nestes, foi essencialmente suportado por patrocínios“.
No Porto, de acordo com a respetiva Câmara Municipal, foram gastos cerca 34 mil euros. Valor muito inferior ao que é alegado na publicação.
Na cidade do Funchal, por seu lado, despenderam-se cerca de 1,1 milhões de euros no espetáculo com fogo de artifício. Valor também muito inferior ao que é alegado na publicação.
Em Albufeira foram gastos cerca de 584 mil euros. Contudo, fonte oficial da Câmara Municipal alerta que este valor inclui todos os gastos em logística, concertos e espetáculos aéreos.
No espetáculo de pirotecnia da Guarda foram gastos cerca de 9 mil euros, um montante quase irrisório em comparação com os 400 mil euros indicados na publicação.
Concluindo, todos os valores invocados na publicação estão incorretos, alguns dos quais com diferenças substanciais relativamente ao que as autarquias em causa realmente gastaram em fogo de artifício. Confirma-se que é uma fake news grosseira.
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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