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| - “Uma companhia descrita como sendo de ‘interesse nacional’, serve que interesses nacionais ao ter viagens em executivas mais baratas do que económicas em voos domésticos para a Madeira? Os voos para a Madeira são comparticipados aos residentes com o dinheiro dos contribuintes. Podendo chegar aos 314 euros por cada passageiro. Portanto, apoios a uma companhia que pratica estes preços para voos de 1h20 em condições low cost. Que interesses nacionais estão servidos?”
Estas foram as questões endereçadas pelo leitor do Polígrafo, ao requerer uma verificação de factos quanto à diferença de preços visível na imagem em causa.
Contactada pelo Polígrafo, fonte oficial da TAP Air Portugal ressalva que não tem “como aferir” a autenticidade da imagem, mas admite que “existe essa possibilidade” de diferença de preços.
“Há diversas tarifas para cada cabina executiva e económica. Se a procura pela cabina de económica for grande, as tarifas sobem. E se nesse mesmo voo não houver procura para a cabina de executiva, os preços mais baixos estão disponíveis nesta mesma cabina, pelo que podem circunstancialmente ser inferiores aos da classe económica, dando oportunidade aos passageiros de optar por um melhor serviço a um preço mais competitivo. A referência aos últimos lugares na imagem refere-se aos últimos lugares naquela tarifa e não aos últimos lugares na cabina de executiva”, explica.
Mais, sublinha que “em todas as companhias” acontecem casos similares. “É a lei da procura e da oferta a funcionar, uma vez que existem dois produtos disponíveis: económica e executiva”.
“A aludida ‘comparticipação aos residentes com o dinheiro dos contribuintes’ nos voos para a Madeira é feita diretamente aos passageiros e não à TAP, que não recebe qualquer verba por essa via”, ressalva a mesma fonte. “Recorde-se que, desde o início da pandemia, em 2020, a TAP foi a única companhia aérea que assegurou sempre e de forma ininterrupta as ligações aéreas entre a Madeira e o Continente, garantindo a continuidade territorial e cumprindo assim o seu compromisso com todos os madeirenses”.
Em suma, apesar de não ser possível confirmar a autenticidade da imagem, a própria companhia aérea portuguesa confirma que “existe essa possibilidade” de um bilhete em classe executiva estar “circunstancialmente” mais barato do que um bilhete em classe económica, mediante “a lei da procura e da oferta”.
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Avaliação do Polígrafo:
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