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| - “Foz D’Alge – F. dos Vinhos. Só para comparar! A primeira foto é de 17/04/2021. A segunda foto é de 24/01/2022”, escreve o autor do post publicado a 24 de janeiro.
Nas duas fotografias é retratada a mesma zona – de perspectivas próximas – e a diferença é absoluta: numa há um curso de água abundante; na outra, essa área está quase integralmente seca de um lado e um caudal muito mais reduzido do outro.
As fotos são reais?
A região fotografada é a da Foz de Alge (que dá nome a uma povoação), no encontro entre a Ribeira de Alge e o Rio Zêzere, no concelho de Figueiró dos Vinhos (distrito de Leiria).
O Polígrafo contactou a VOST PORTUGAL – Associação de Voluntários Digitais em Situações de Emergência para tentar verificar a veracidade desta situação.
Jorge Gomes, coordenador nacional desta associação de proteção civil, assegura a autenticidade das imagens: “Através do Copernicus pudemos confirmar sem qualquer hesitação o enorme contraste existente entre essas mesmas datas. Entrámos em contacto com o autor das fotos, pedimos autorização para também as divulgar e juntámos as imagens que, entretanto, obtivemos via satélite, publicando tudo no nosso twitter. É mais um alerta para a seca grave que atravessamos.”
Assim, em dois tweets – um com as fotografias publicadas no Facebook e outro ilustrado com as imagens do satélite Copernicus que as validaram – o VOST evidencia a falta de água na Foz de Alge, junto ao Rio Zêzere. No segundo tweet, a mensagem é reveladora da surpresa e preocupação:
“Usámos o #EOSBrowser da @sentinel_hub para validar as mesmas porque, internamente, não queríamos acreditar no que estávamos a ver. Infelizmente o cenário é verdadeiro. Comparação entre 04ABR2021 e 24JAN2022.”
[twitter url=”https://twitter.com/VOSTPT/status/1486321171314483206″/]
São, portanto, verdadeiras as duas fotografias que mostram a zona de Foz de Alge (Rio Zêzere) cheia de água em abril de 2021 e quase integralmente seca em janeiro de 2022.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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