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| - “Muitas centenas de famílias fogem de Cuba… Porque será?” Esta é a pergunta associada ao gráfico com a seguinte indicação: “Cuba – Emigrantes totais”. Não há qualquer indicação de fonte, dificultando a verificação dos dados. No gráfico surgem três linhas de diferentes cores, em sentido ascendente, mostrando a suposta evolução da emigração cubana entre 1990 e 2020.
Confirma-se que a emigração de cubanos tem aumentado exponencialmente nas últimas décadas, como se sugere implicitamente na publicação em causa?
De acordo com os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial (BM), o saldo migratório (i.e., a diferença entre o número total de emigrantes e o número total de imigrantes) da República de Cuba tem sido sempre negativo desde a Revolução Cubana que triunfou no dia 1 de janeiro de 1959, derrubando o regime de ditadura militar liderado por Fulgencio Batista.
As grandes vagas de emigração de cubanos na década de 1960, logo a seguir à Revolução Cubana, sobressaem na linha temporal do saldo migratório, assim como o pico do início da década de 1980, marcado na História pelo “Êxodo de Mariel” permitido pelo próprio Fidel Castro.
Desde esse pico, contudo, o saldo migratório de Cuba tem permanecido em níveis mais equilibrados, exceptuando um novo pico isolado em 2007.
Ao longo da última década, o saldo migratório de Cuba não voltou a superar a fasquia de -100.000, algo que já não acontecia desde o final da década de 1980.
De facto, as vagas de emigração de cubanos e os saldos migratórios negativos têm sido uma constante desde a Revolução Cubana de 1959. No entanto, sugerir que esse fenómeno aumentou exponencialmente nas últimas décadas é falso e enganador.
Na realidade, o saldo migratório negativo de Cuba tem permanecido em níveis historicamente baixos, muito distantes dos grandes picos da década de 1960 e do início da década de 1980.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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