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| - A informação surgiu no Facebook, a 8 de abril, através de um post de Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP). “Manuel Salgado volta à Câmara Municipal de Lisboa, como conselheiro de Fernando Medina. Já ocupa o gabinete de Inês Drummond (ex-presidente da Junta de Freguesia de Benfica). Ninguém tem mesmo vergonha na cara”, escreveu.
O Polígrafo contactou o gabinete do presidente da CML, Fernando Medina, que confirmou o facto de Manuel Salgado ter voltado a trabalhar na CML, mais especificamente como “consultor não remunerado“.
Por outro lado, a mesma fonte nega que tenha ocupado o gabinete de Inês Drummond, contratada em 2020 como assessora do presidente Fernando Medina.
A alegação em causa é verdadeira, mas trata-se de um cargo de “consultor não remunerado” e não de “conselheiro”, além da questão do gabinete que não se confirma.
Recorde-se que em 2019, após 12 anos de mandato, Manuel Salgado cessou as funções de vereador do Planeamento, Urbanismo, Património e Obras Municipais. “Esta decisão foi tomada no mandato anterior. Foi tomada de acordo com o presidente Fernando Medina quando se constituíram as listas para este mandato. Neste mês de julho [de 2019] fiz 75 anos e completei 12 anos de mandato como autarca”, sublinhou o próprio em declarações ao jornal “Expresso”, a 31 de julho de 2019. “Eu acredito convictamente que as pessoas não se eternizem nos lugares e que seja dado lugares aos novos“.
Deixou de ser vereador, mas permaneceu no cargo de presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Reabilitação Urbana Lisboa Ocidental (SRU) que assumira em 2018. Até fevereiro de 2021, quando pediu a demissão desse cargo, por ter sido constituído arguido num inquérito judicial relacionado com a aprovação do Hospital CUF Tejo, em Alcântara.
“Fui constituído arguido no âmbito de um processo cuja investigação incide sobre o impacto na paisagem do Hospital CUF Tejo”, escreveu Manuel Salgado na carta de demissão que enviou a Medina no dia 12 de janeiro. “Entendo que este é o procedimento correto a adoptar, sem que isto envolva o reconhecimento da prática de qualquer acto ilícito, que rejeito veementemente“.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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