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| - “Bloco de Esterco no seu melhor”, comenta-se num dos posts detectados pelo Polígrafo, datado de 6 de janeiro. Exibem a imagem de um suposto tweet da autoria de Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda e por duas vezes candidata à Presidência da República, e estão a ser partilhados por centenas de pessoas em redes sociais como o Facebook.
“Portugal ainda tem muito a aprender com a China. Nunca a China iria permitir que um partido radical como o Chega tivesse direito a participar numas eleições presidenciais. Nojo de Portugal! Por isso é que a China está cada vez mais rica e poderosa, porque honra o compromisso de ser um país democrata que não admite radicais que só querem impor a sua ideologia sobre o povo! Vergonha deste Portugal anti-democrata! Lixo”, terá escrito a bloquista.
Verdadeiro ou falso?
O Polígrafo analisou a página oficial de Marisa Matias no Twitter e não encontrou o texto supracitado, nem qualquer outro que defenda as mesmas ideias.
Na data indicada na imagem, 25 de janeiro de 2021, precisamente o dia seguinte às eleições presidenciais em que Matias foi adversária de André Ventura (líder do partido Chega), a eurodeputada não publicou nada sobre a China, nem sobre o Chega.
O facto é que o tweet em causa tem origem numa página no Twitter sem qualquer relação com Matias, embore mostre o rosto da bloquista na imagem de perfil.
Em quase todos os comentários aos posts detectados pelo Polígrafo, contudo, presume-se que Matias quem escreveu e publicou o texto que está assim a gerar desinformação.
É um tweet apócrifo que atribui à eurodeputada bloquista frases que, na realidade, não escreveu nem proferiu.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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