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| - Um vídeo com milhares de pessoas nas ruas em protesto está a ser partilhado como sendo de uma manifestação pró Bolsonaro que teria ocorrido no Rio de Janeiro. O conteúdo foi partilhado numa publicação de Facebook que reuniu milhares de visualizações e de partilhas. Trata-se, no entanto, de uma publicação enganadora.
No feriado da Proclamação da República, o Brasil foi palco de vários protestos ligados às eleições presidenciais que ditaram a vitória de Lula da Silva no passado dia 30 de outubro. Só que o vídeo em questão, publicado nas redes sociais, não mostra uma enorme manifestação no Rio de Janeiro no dia 12 de novembro.
Numa pesquisa pela fonte do vídeo, com recurso a ferramentas como o InVid-WeVerify, percebe-se que estas filmagens foram postas a circular cerca de uma semana antes da data que lhe é atribuída na publicação em análise. É o que mostra, por exemplo, um tweet de um antigo candidato à prefeitura de São Paulo, Filipe Sabará.
Nas imagens divulgadas por Sabará na sua conta Twitter, e que foram publicadas a 7 de novembro, é possível identificar vários pontos coincidentes (assinalados a vermelho) com as imagens divulgadas no post em análise, e em que se alega que os protestos visíveis no vídeo aconteceram a 12 de novembro.
O portal Yahoo usou esta mesma ferramenta tecnológica de busca inversa de imagens e chegou à mesma conclusão: o vídeo foi captado numa data anterior a 12 de novembro de 2022. Por exemplo, a 6 de novembro, vários órgãos de comunicação social, incluindo portugueses, relataram os protestos bolsonaristas que ocorreram nas ruas do Rio de Janeiro, junto ao Palácio de Caxias.
Conclusão
Não é verdade que as imagens divulgadas no Facebook de uma grande manifestação do Brasil sejam do passado dia 12 de novembro. Essas imagens começaram a ser partilhadas, pelo menos, desde dia 6 de novembro.
Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ENGANADOR
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
PARCIALMENTE FALSO: as alegações dos conteúdos são uma mistura de factos precisos e imprecisos ou a principal alegação é enganadora ou está incompleta.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de factchecking com o Facebook.
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