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| - Janot não denunciou ministros do STF nem disse que eles seriam presos
Resumo da notícia
- Corrente afirma que Rodrigo Janot tinha plano de denunciar ministros do STF
- O texto também diz que, segundo Janot, os ministros seriam presos ?um por um?
- As informações são falsas; Janot não deu estas declarações
Uma corrente que circula pelas redes sociais revela um suposto plano de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, de denunciar supostos esquemas de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e afirma que isto os levariam à prisão.
"Serão presos de um por um, me aguardem. E você, Gilmar [Mendes], será o primeiro!!!", teria dito o ex-procurador geral, segundo a corrente compartilhada nas redes sociais e aplicativos de mensagem.
De acordo com o texto que acompanha uma foto de Janot, as declarações que o ex-procurador deu sobre o plano de matar o ministro Gilmar Mendes em 2017 fariam parte de uma estratégia para, na verdade, denunciar os ministros à Polícia Federal.
"Janot inteligentemente jogou a isca e Gilmar Mendes mordeu. Janot achou um jeito de entregar seu computador e seu celular para a Polícia Federal. É tudo o que Janot queria e o Gilmar não esperava. Agora, a PF vai tomar conhecimento de coisas sinistras de muita gente graúda no meio jurídico", diz a corrente. "O STF já deve ter percebido que foi feito de bobinho."
FALSO: Janot não falou que ministros seriam presos
A corrente usa um contexto real para emitir uma informação falsa. Janot de fato afirmou que pensou em matar o ministro Gilmar Mendes, mas nunca falou em informações privilegiadas que levariam à prisão de seus colegas.
Ao UOL, o advogado de Janot, Bruno Salles, negou a informação. "Entramos em contato com o cliente e confirmamos que ele jamais prestou essas declarações", afirmou por e-mail.
Também não há registro público de que o ex-procurador-geral tenha afirmado que os ministros do STF seriam presos "um por um". Em seu Twitter autenticado, a única referência que faz a Gilmar Mendes é o compartilhamento de uma reportagem de novembro de 2017 em que rebate críticas do ministro.
Janot ameaçou Gilmar, mas não de prisão
A corrente começou a ser compartilhada depois que o ex-procurador-geral ter dado uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em que revelava um plano abandonado para matar Mendes. "Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele [Gilmar Mendes] e depois me suicidar", afirmou Janot.
O caso ocorreu em maio de 2017, quando ele, ainda à frente da PGR, solicitou que o ministro do STF fosse impedido de analisar um habeas corpus de Eike Batista, sob a justificativa de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, era sócia de um escritório de advocacia que representava o empresário em diversos processos.
De acordo com Janot, logo após o pedido de suspeição, Gilmar teria espalhado uma história de que a filha do então procurador-geral teria prestado serviços advocatícios à OAS, empreiteira envolvida em casos da Operação Lava Jato. "Isso me tirou do sério", disse na entrevista.
Depois das declarações, a Polícia Federal realizou uma ação de busca e apreensão de equipamentos eletrônicos e armas na casa de Janot. Além disso, ele teve o porte de armas suspenso e está proibido de se aproximar de Mendes e ficar a menos de 200 metros do ministro.
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