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| - Não foi registrado recentemente ou tem relação com o governo Lula (PT) o vídeo que mostra um vendedor de coco ferido após ser agredido por guardas municipais. As peças de desinformação descontextualizam um caso ocorrido em Fortaleza em agosto do ano passado, quando agentes de segurança atiraram no dono de uma barraca que, segundo eles, havia agredido servidores da fiscalização sanitária da cidade.
O vídeo enganoso circula principalmente em redes de vídeos curtos, como Kwai e TikTok, onde acumula dezenas de milhares de visualizações. O conteúdo também tem sido compartilhado no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Terror da PTzeira. Nordeste pagando o preço. Salvador, Bahia.
Publicações nas redes têm compartilhado como se fosse recente um vídeo que mostra um vendedor de coco ferido para atribuir a ação a agentes do governo Lula. Por mais que o Aos Fatos não tenha encontrado a gravação original, elementos presentes nas imagens permitem atestar que o caso ocorreu no ano passado em Fortaleza, ainda durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). A agressão não tem relação com agentes do governo federal.
No início do vídeo, é possível ver que o vendedor trabalha na barraca Recanto da Elly, localizada na praia de Iracema. Aos Fatos entrou em contato com o estabelecimento, que confirmou, via mensagem, que o caso ocorreu em agosto do ano passado.
De acordo com a imprensa local, guardas municipais — força policial subordinada à prefeitura de José Sarto (PDT) — atiraram com armas não letais no dono da barraca durante uma abordagem. Segundo os agentes, o homem estaria armado com uma faca e teria agredido fiscais da Agefis (Agência de Fiscalização de Fortaleza), que tinham ido ao local averiguar uma denúncia de funcionamento irregular.
Desde que Lula assumiu a Presidência, publicações nas redes têm usado uma série de vídeos descontextualizados para sugerir que o governo estaria agindo com truculência e impedindo comerciantes de trabalhar, o que não tem respaldo na realidade.
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